Movimento Viver o Concelho quer aumentar o peso do Orçamento Participativo caldense

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O Largo do Chafariz no Bairro da Ponte serviu de palco, no passado dia a 7 de Julho, para o Movimento Viver o Concelho – Movimento Autárquico Independente apresentar as linhas programáticas daquilo que diz ser o primeiro programa eleitoral participativo das Caldas da Rainha pois foi feito com o contributo de munícipes e fregueses.  Este  processo teve lugar  no mês de Junho, no âmbito da acção Ouvir o Concelho, que decorreu on-line, nas ruas e nas freguesias caldenses.
Nesta sessão foi ainda apresentado o candidato a presidente da Assembleia Municipal, Edgar Ximenes.

Alargar o âmbito do Orçamento Participativo de forma a que conjunto do orçamento municipal reflicta a afectação dos recursos que a população caldense considere prioritárias, é uma das medidas apresentadas pelo Movimento Viver o Concelho (MVC). Esta força política local quer também realizar uma auditoria externa às contas públicas da autarquia e quer instituir esta prática “de forma regular e periódica”, disse Teresa Serrenho, durante a sua intervenção no Largo do Chafariz, perante uma assistência de cerca de meia centena de pessoas. A candidata disse também que pretende consultar o Conselho da Cidade sobre questões relacionadas, por exemplo, com o centro urbano e quer  
Segundo a líder do MVC, esta força quer disponibilizar a informação pública e de interesse público em relação às matérias da ordem de trabalhos da Assembleia Municipal e das reuniões de Câmara.
“No caso das reuniões abertas, esta informação deverá ser disponibilizada, a priori, de modo a permitir um acompanhamento informado da discussão”, afirmou a candidata.
A apresentação obrigatória da Declaração de Interesses dos membros da Assembleia Municipal e a realização das assembleias nas instalações das várias freguesias de forma rotativa, são outras promessas que o MVC diz que irá implementar se vencer as eleições. Pretende também a revitalização do Conselho Municipal da Juventude e do Conselho Municipal da Educação e criar a figura do provedor(a) do munícipe.
Segundo Teresa Serrenho, será feita a tradução da informação municipal para outras línguas “de modo a dar conhecimento dela às comunidades estrangeiras que vivem nas Caldas”. Pretende ainda chamar os cidadãos a pronunciarem-se sobre assuntos de relevância sob a forma de referendo local, criar um gabinete de atendimento para associações, colectividades e colectivos e dar condições para que as mesmas possam realizar um encontro. O MVC espera ainda lançar o concurso “Assembleia na Escola – Escola na Assembleia” dirigido à população escolar do concelho (terceiro ciclo) à semelhança do que se faz a nível nacional para a Assembleia da República.

Edgar Ximenes para a Assembleia Municipal

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A candidata à Câmara apresentou Edgar Ximenes como o candidato da sua lista à Assembleia Municipal. Natural de Arco de Valdevez, o cabeça de lista aquele órgão autárquico é formado em Engenharia Química e professor de Química desde 1977. Em 1999 licenciou-se em administração Escolar e é docente do quadro da Secundária Raul Proença desde 1985. Já presidiu ao Conselho Geral da sua escola e hoje é o presidente da Confraria do Príapo.
“Há muito que me deixei de sentir representado pelos partidos políticos, não porque os considera desnecessários, antes pelo contrário, mas porque deixaram de representar a esperança com que a nossa jovem democracia os recebeu”, disse no seu discurso. Outra das razões que o levaram a aceitar o convite do MVC é que considera que o concelho caldense possui uma localização privilegiada, “mas não há marketing” que o promova. Sintetizando o seu pensamento sobre a cidade, disse que “as pessoas são acolhedoras mas não têm emprego, as termas são um diamante mas em bruto, a arte é transbordante mas não está ligada, a criatividade é imparável mas não é suficientemente apoiada… Caldas da Rainha parece ter tudo para dar certo mas não tem estratégia!”, rematou o candidato à Assembleia Municipal, pelo MVC.

Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt

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