O presidente da concelhia do PS, Luís Patacho, escusou-se a fazer comentários sobre a intenção de António Costa disputar a liderança do partido a António José Seguro. Contactado pela Gazeta das Caldas na passada terça-feira, quando no país a notícia do dia eram as declarações de António Costa para avançar para secretário-geral dos socialistas, Luís Patacho respondeu apenas que era muito prematuro falar o assunto.
A concelhia caldense do PS tem uma relação de proximidade com António José Seguro pelo facto deste ser casado com uma caldense e residir nas Caldas da Rainha, sendo, por isso, conhecido dos dirigentes e dos militantes locais mais destacados do PS. É, pois, provável, que Seguro continue a contar com o apoio dos socialistas caldenses.
As intenções de António Costa foram conhecidas apenas dois dias depois das eleições Europeias, em que o PS venceu com 31,5% e uma vantagem de 3,76% sobre a coligação PSD/CDS-PP. O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, defendeu que o país precisa de um “governo sólido que não dependa de soluções instáveis”, refere o Expresso online de 27 de Maio.
Já em Junho de 2011, depois da derrota de José Sócrates nas eleições legislativas, António Costa foi pressionado para entrar na corrida à liderança do PS, mas acabaria por apoiar Seguro. Na passada terça-feira, à hora do fecho desta edição, o autarca ainda não informara o secretário geral do seu partido da sua intenção em liderar o PS. No entanto, pretende fazê-lo o quanto antes para, juntos, decidirem qual a melhor forma de encontrarem “um processo claro, transparente e que una o partido”, refere o mesmo site.
Estatutariamente são necessárias eleições directas e um congresso extraordinário para eleger um novo secretário-geral. Este pode ser convocado por António José Seguro, pela Comissão Nacional, ou pela maioria das Comissões Políticas de Federações que representem também a maioria dos membros inscritos no partido. Caso contrário, terá de ser António Costa a reunir o número mínimo de assinaturas para o fazer.
O presidente da concelhia de Pedrógão Grande do PS, Diogo Coelho, já manifestou publicamente o apoio a António Costa. Numa moção que foi aprovada por unanimidade pelo secretariado daquela concelhia, o dirigente socialista entende que o PS precisa de António Costa para “restituir a confiança e devolver uma nova esperança aos portugueses e para impulsionar o fortalecimento do partido com vista a uma vitória irrefutável do partido nas próximas legislativas”.
O líder dos socialistas pedroguenses refere ainda que o “clamor das manifestações e o descontentamento popular, fruto das políticas de austeridade impostas pelo governo de direita PSD/CDS-PP não encontraram eco no PS, a quem se impunha uma vitória clara, expressiva e inequívoca” nas eleições europeias.
Na moção de apoio à candidatura de António Costa é ainda referida a “enorme preocupação” com os resultados “negativos” obtidos pelo PS no distrito de Leiria, pelo que pede ao presidente da Federação Distrital, João Paulo Pedrosa, que assuma responsabilidades e apresente “a sua imediata demissão”.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt






























