Jovem de 18 anos encabeça a lista à Câmara e destaca a habitação como a principal prioridade
João Arroz, de 18 anos, é estudante universitário e trabalhador. Encabeça as listas do Livre à Câmara das Caldas na primeira vez que este partido concorre a autárquicas no concelho. O jovem caldense assume que quer o melhor para o concelho e, tendo em conta a expressão que o Livre vem tendo no distrito, foi proativo: “fui falar com várias pessoas no partido, algumas da direção, que me incentivaram a avançar, que me apoiavam”. Para além disso, “há necessidade de uma candidatura jovem e não é por ter 18 anos que não possa estar num lugar na vereação”, salienta João Arroz, assumindo que é, fundamentalmente, esse o lugar a que se candidata, tendo em conta que o Livre se apresenta pela primeira vez a votos nas Caldas.
Entre as prioridades da candidatura, João Arroz assume, à cabeça, a habitação, mas também o ambiente e a mobilidade. “Atualmente há muitos jovens caldenses que saem das Caldas por falta de trabalho ou porque não conseguem pagar uma casa na zona urbana”, referiu à Gazeta das Caldas. O jovem teve conhecimento do estudo que coloca as Caldas entre as 20 cidades mais procuradas para comprar casa e diz estar “preocupadíssimo” devido à falta de resposta ao nível da política habitacional do atual executivo.
Para João Arroz terá de haver uma resposta pública à habitação, através da recuperação de edifícios devolutos e a reconversão de património municipal para a habitação. “Queremos que haja 10% de habitação pública dentro do concelho das Caldas e isso não se aplica apenas às zonas urbanas da cidade, mas também às freguesias”, esclareceu o candidato.
Apesar do microclima da região, João Arroz adverte que as alterações climáticas estão aí e que é necessária a criação de mais espaços verdes e de chafarizes em todas as freguesias. Também há que pensar políticas de mobilidade ao nível de uma utilização mais eficaz dos transportes públicos, bem como a criação de ciclovias. Ainda no campo da mobilidade, o candidato considera que o Toma não responde às necessidades dos cidadãos, defendendo paragens junto às escolas e uma adequação dos horários.
Também a democracia local será alterada se o Livre vencer as eleições. “Queremos que haja mais transparência na nossa política municipal, embora reconheça que esta Câmara tem sido melhor neste aspeto”, considera. Por outro lado, defendem uma política cultural “menos focada em estabelecer as Caldas da Rainha como marca e mais focada em reter os nossos artistas, para conseguir criar mais produção cultural”, acrescentou o jovem caldense, que já residiu em Lisboa e em Genebra, na Suíça.
Candidatos às duas freguesias urbanas
Inês Pires, que nas legislativas foi cabeça de lista pelo distrito de Leiria, é a candidata do Livre à Assembleia Municipal, assim como à União de Freguesias de Nossa Sra do Pópulo, Coto e S. Gregório. A jovem caldense fala da abertura do concelho às propostas do Livre e considera que ficaria beneficiado com as suas candidaturas. Inês Pires destaca as questões relacionadas com a habitação pública mas também a ecologia, como a ideia de uma cidade mais verde e acessível, para que as pessoas possam movimentar-se de uma forma mais sustentável. O independente Tiago Fidalgo encabeça a lista do Livre à União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro. Todos estes candidatos foram escolhidos através das primárias realizadas pelo partido.
“Mesmo que não consigamos eleger, será sempre bom ter esta candidatura, também para crescermos localmente”, conclui a candidata. ■































