O “estado do concelho” levou Hugo Oliveira a aceitar o desafio de ser candidato à Câmara pela AD, numa altura em que o cargo, que em tempos sonhou, não lhe “passava pela cabeça”. A explicação foi dada pelo próprio na inauguração da sede de campanha, a 16 de julho, com a presença do ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
O governante, que conhece Hugo Oliveira há vários anos e que “sempre disse que liderar a sua terra é a cara deste homem”, falou da paixão do candidato na defesa das Caldas, pelo que acredita que este “casamento” tem de acontecer.
Leitão Amaro considera que o concelho precisa de uma “nova geração e dinâmica”, para “dar o salto” da prosperidade. “É muito importante para uma terra que ambiciona ser uma referência nacional ter alguém que tem experiência, papéis de liderança nacional”, disse, referindo-se aos lugares que Hugo Oliveira ocupa na vice-liderança do grupo parlamentar do PSD e de presidente da comissão do Ambiente na Assembleia da República. “É uma demonstração do sucesso e da uma capacidade de triunfar na política nacional, que é fundamental para catapultar as Caldas”, considera o governante que, numa alusão ao futebol, colocou-o como jogador do campeonato nacional.

O ministro, que garantiu ter o “maior cuidado” para não instrumentalizar o cargo para combates autárquicos e reconhecendo que trabalharão com autarquias de quaisquer partidos ou movimentos, não deixou de ver nesta candidatura uma “capacidade de entendimento, proximidade e de como é que se atua na política nacional”.
Momentos antes, o antigo presidente da Câmara e candidato à Assembleia Municipal, Fernando Costa, tinha pedido um governo solidário com as Caldas. Voltou a defender a continuidade do hospital nas Caldas – Óbidos, mais profissionais de saúde e melhorias nas instalações atuais. “Vou atravessar-me com todas as forças por esta batalha da identidade, que é a alma das Caldas da Rainha”, disse.
Fernando Costa denunciou que a Câmara “caminha a passos largos para a falência” e criticou as opções de obra do atual executivo. Outras causas pelas quais se irá bater é extinção do pagamento de taxa de saneamento para as fossas sépticas e a criação de uma polícia municipal para ajudar à segurança.
Perante uma sala cheia, Hugo Oliveira explicou que a sede agora inaugurada, situada junto à Praça de Fruta, pretende ser um espaço de “partilha de conhecimento” e “despido de qualquer sentimento puramente partidário”.
A candidatura que encabeça (de coligação do PSD e CDS), é também de “centenas de independentes que acreditam no nosso slogan Somos Caldas”, disse, acrescentando que quer “acompanhar os anseios e problemas” do concelho. Hugo Oliveira assume também que quer “transformar” as Caldas e defende que há que “assumir essa responsabilidade territorial e recuperar a centralidade e a nossa competitividade regional e nacional”. Mais limpeza do espaço público, transferências para as freguesias, existência de vida noturna na Foz do Arelho, uma política de integração dos migrantes, polícia municipal e uma maior abrangência da videovigilância, foram algumas das medidas apresentadas.
A aposta na economia e captação de investimento a par da localização, nas Caldas, do Hospital do Oeste, irão também constar do programa eleitoral da coligação.■































