José Bernardo Nunes: “nunca concordei com as uniões de freguesias”

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O presidente da Câmara do Cadaval, José Bernardo Nunes, diz que nunca concordou com a fusão das juntas de freguesias e entende que a medida deveria ser revertida. As reuniões de Câmara continuam a ser descentralizadas pelas antigas 10 freguesias e não apenas pelas sete actuais.
O autarca, de 55 anos, mostra-se preocupado com saúde e a educação no Cadaval e reconhece que o aterro sanitário do Vilar teve um impacto negativo, sobretudo nas imediações. E brinca, lembrando que esta foi a única grande obra no Oeste que reuniu consenso entre os autarcas. O também professor do ensino secundário e agricultor destaca a qualidade de vida que se pode encontrar no seu concelho e considera que esta é a principal mais valia para atrair novos habitantes.

 

GAZETA DAS CALDAS – O que ficou por fazer neste primeiro ano de mandato?
JOSÉ BERNARDO NUNES – Neste primeiro ano ficaram muitas coisas por fazer. Espero que daqui por mais três anos não fiquem. Tenho alguma dificuldade em entender que este seja o primeiro ano de mandato pois para mim é o quinto ano de mandato, foi uma continuidade. Aliás, grande parte das coisas que fizemos neste primeiro ano foi as que não fizemos até ao final do mandato anterior. É nessa continuidade que estão muitos processos em curso e alguns que irão continuar para o próximo ano.
O Cadaval é um concelho com 174 quilómetros quadrados e poucos habitantes, cerca de 14 mil. Isto origina que as receitas da Câmara sejam reduzidas. Como também é política nesta autarquia manter uma boa saúde financeira, leva-nos a gerir muito em função do que é possível candidatar a apoios comunitários.
Como temos recursos escassos, só por necessidades muito urgentes é que se alocam uma quantidade de verbas grande a obras que não sejam comparticipadas. Temos um caso concreto, que é o abrigo para animais entre os concelhos do Cadaval e do Bombarral. É a única obra de volume, na ordem dos 400 mil euros na primeira fase (mais 300 na segunda, que deverá ter comparticipação), que temos em andamento sem saber se há apoios. Essa fase já será para o ano de 2019, mas tenho pena de não a ter realizado já este ano dada a sua urgência.

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