A presidente da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão esteve nas Caldas para falar de habitação e pedir “soluções rápidas” para as pessoas
O antigo lar das enfermeiras, situado no Largo Conselheiro José Filipe, foi o local escolhido pela IL para falar sobre habitação, na tarde de 1 de outubro. É que aquele imóvel está há vários anos para ser reabilitado, e o atual executivo comprou os dois prédios contínuos, para ali construir habitação jovem, mas até à data a obra ainda não começou. A candidata à Câmara das Caldas, Carlota Oliveira, lembrou que esta construção já foi promessa eleitoral em dois mandatos anteriores e Mariana Leitão, presidente da IL confirmou que o maior dono de património é o Estado e que “há décadas que são estes os exemplos que temos por todo o país, de edifícios devolutos, e ao lado temos a iniciativa privada a dar exemplo de como se faz”.
Mariana Leitão considera que o edifício caldense é um exemplo paradigmático do problema da habitação e lembrou que já perguntaram e o Governo não sabe responder quantos prédios devolutos são propriedade do Estado nem onde estão localizados.
A solução é, na ótica da IL, desburocratizar, acelerar licenciamentos e, no caso concreto das Caldas, “desenvolver a possibilidade da autarquia fazer aquilo que se comprometeu”, referiu a dirigente da IL, alertando que existem fundos do PRR disponíveis para a habitação, “aos quais a Câmara nem sequer concorre”. Mariana Leitão criticou os anos de “completa inação, em que as Câmaras não só não fazem, como também não deixam os outros fazer”, defendendo que se estas não conseguem avançar então que deixem os privados fazê-lo.
É fundamental “criar mais oferta” construindo mais casas e, para isso é necessário acelerar os licenciamentos, baixar o IVA da construção para os 6% para todas as casas e que os processos sejam mais céleres, “para promover confiança no mercado para que mais investidores também queiram construir”. Do lado do arrendamento, a IL defende que seja garantida uma maior liberalização do mercado e flexibilidade. “É importante que os outros partidos percebam que sem estas soluções não há nada que se consiga fazer que vá resolver verdadeiramente o problema”, realça Mariana Leitão.
E a falta de resposta a estes problemas leva, na sua opinião, a uma desmotivação que se traduz na abstenção. Por outro lado, tem acompanhado o trabalho feito pela candidatura caldense e diz estar “muito expectante e confiante de que iremos ter um bom resultado”, concretizou à Gazeta das Caldas.































