Francisco Lopes esteve nas Caldas da Rainha e apelou ao voto para “mudar o país”

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Depois do encontro junto ao Hospital Termal, a comitiva foi à Praça da Fruta, onde o candidato falou com os vendedores

Francisco Lopes, candidato à Presidência da República apoiado pelo PCP, esteve de visita às Caldas da Rainha durante a manhã de domingo.
Com o ponto de partida junto ao Hospital Termal, o candidato e uma comitiva de cerca de 30 apoiantes estiveram na Praça da Fruta, onde cumprimentaram praticamente todos os vendedores. Francisco Lopes encontrou, na sua grande maioria, pessoas desmotivadas e descrentes na política, às quais o candidato foi repetindo: “ainda bem que não acreditam nos que estão porque eu sou a alternativa”.
No final da visita, destacou a afectividade com que foi recebido e disse compreender a “indignação” que constatou nas pessoas, resultado da situação em que o país se encontra. “Há muitas pessoas que nunca pensaram que o país chegasse a este ponto e que as suas vidas  ficassem comprometidas desta forma”, disse, acrescentando que compreende a preocupação de quem vive do cultivo da terra, em que “os preços estão esmagados na produção”.
Aos descontentes, Francisco Lopes diz que os responsáveis pela situação actual são o governo do PS e o Presidente da República, que “empurram o país para o declínio, o povo e os trabalhadores para a pobreza e, ao mesmo tempo, querem que eles se desmobilizem para ter o terreno livre para continuar a fazer as malfeitorias”.
Apelando ao voto na sua candidatura, a 23 de Janeiro, Francisco Lopes diz que esta é a afirmação de indignação, protesto e exigência de mudança. “É necessário usar o seu voto pois ao calar-se estão a favorecer que o processo de desastre nacional seja ainda mais rápido”, afirmou.
Caso seja eleito para o mais alto cargo da nação, Francisco Lopes promete usar todos os poderes ao seu alcance para “mudar este país”. Pretende que a Presidência da República aja ao serviço da soberania, dos problemas dos trabalhadores e ao estímulo à produção nacional, de modo a que Portuga possa produzir o que agora importa do estrangeiro e até conseguir exportar mais.
O candidato quer também que sejam valorizados os serviços públicos e os salários e pensões dos trabalhadores. “Como se pode admitir que neste Orçamento, que é de recessão económica e que vai produzir mais desemprego e dependência no país, não se toca nos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros?”, questionou. E deu mesmo como exemplo a recusa do governo em taxar em 0,2% cada operação bolsista, que “são operações feitas por grandes fortunas”, ao mesmo tempo que o IVA aumentou para 23%. “É uma coisa inaceitável”, denunciou.
Nos contactos que tem com a população, como aconteceu nas Caldas, o candidato procura aprofundar o conhecimento da realidade, sentimentos e preocupações dos cidadãos, para lhes dizer que o país “não está condenado a que esteja cada vez mais empobrecido e em declínio”. Faz nota da necessidade de aproveitamento dos recursos naturais para desenvolvimento do país e incita ao voto no dia das eleições.
“Estou convicto que esta mensagem, insistentemente passada, tocará as pessoas”, disse, afirmando que não vê outro caminho para combater os interesses dos grandes grupos económicos.
“Portugal tem que ser de todos os portugueses e não desse grupo de famílias que empobrece o país e cada vez mais cria dificuldades ao povo”, concluiu, antes de partir para Peniche, onde almoçou com apoiantes.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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