Forças políticas locais satisfeitas com substituição do Conselho de Administração do CHO

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Da esquerda à direita, as forças políticas locais vêem com bons olhos a mudança do conselho de administração do CHO, que agora será liderado por Ana Paula Harfouche (contando ainda com Idália Lourenço, António Curado, Filomena Cabeço e Lurdes Ponciano), estão expectantes relativamente às decisões a tomar. Consideram que é prioritário o alargamento do serviço de urgências, para dar melhores condições aos utentes, assim como ter mais profissionais. A expectativa alastra-se à actuação do novo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que antes de estar no governo defendeu nas Caldas a criação de um novo hospital nesta região.

PS – Uma nomeação com muita expectativa

O PS caldense, que por diversas vezes pediu a demissão de Carlos Sá, vê com “bastante satisfação” a notícia da substituição do Conselho de Administração do CHO, refere a sua presidente, Sara Velez. A responsável diz mesmo que esta encerra o “corolário de todas as esperanças que temos para que os cuidados de saúde no Oeste, particularmente os hospitalares, melhorem e se dignifiquem”.
O PS vê esta nomeação também com “muita expectativa”, fazendo votos para que o exercício do novo conselho de administração “seja um factor de reforço do Sistema Nacional de Saúde na nossa região”, conclui Sara Velez.

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PSD – Que tenha em conta a realidade local

Também o presidente da concelhia caldense do PSD, Hugo Oliveira, diz que qualquer alteração  ao estado do CHO são um sinal positivo e espera que o novo conselho de administração “tenha em conta a realidade local e perceba o que este hospital representa para as Caldas”.
O autarca salienta ainda que devem falar com o novo ministro da Saúde para que seja reavaliada toda a situação do CHO, nomeadamente se este deve continuar a funcionar desta forma ou voltar para a solução anterior, separado de Torres Vedras. “O mais importante é garantir as melhores condições para quem frequenta o hospital, sobretudo os utentes”, diz, defendendo melhorias ao nível do edificado mas também nos serviços, sobretudo em termos de gestão. “Que hajam medidas de gestão que permitam que o hospital funcione como deve funcionar para salvaguardar a vida das pessoas”, disse à Gazeta das Caldas.

CDU – Carlos Sá só fez estragos

Vítor Fernandes, dirigente do PCP caldense, considera que “é positivo ter terminado” as funções do conselho de administração anterior, dirigido por Carlos Sá, que só “fez estragos nas Caldas, tanto em termos do hospital [de agudos] como do termal”. O também deputado da Assembleia Municipal diz que conhece bem duas das pessoas que integram a nova administração (António Curado e Filomena Cabeça) e que considera “excelentes profissionais”. Salienta ainda que esta nova direcção tem todas as condições para pôr o hospital a funcionar melhor.
O PCP defende a criação de um hospital novo, mas reconhece que se calhar de momento é preciso fazer alterações urgentes, nas urgências e a nível de pessoal, para que o actual equipamento funcione melhor. Vítor Fernandes acrescenta ainda que o hospital caldense precisa de recuperar as valências que perdeu, nomeadamente as de reumatologia, ortopedia e urologia.

CDS – Os anticorpos da anterior administração

Também Rui Gonçalves, do CDS-PP, vê como uma boa noticia a renovação do conselho de administração do CHO. “Os anticorpos criados pela anterior administração eram demasiados, tanto com as várias entidades, como com os próprios profissionais, já para não falar no que aconteceu com o Hospital Termal”, salienta o dirigente centrista.
Rui Gonçalves realça que ainda não conhece a pessoa que vem para a frente dos destinos do CHO e que está expectante para ver se vão avançar, ou não, com as obras de alargamento das urgências, que considera ser a prioridade do hospital. Por outro lado, saber se se irá construir um novo hospital na região, o dirigente centrista lembrou que o ministro defendeu, num encontro nas Caldas há cerca de um ano, a construção de um novo hospital, solução com a qual o CDS-PP também concorda.

MVC – tem pessoas de vários quadrantes

Emanuel Pontes, do MVC, espera que Ana Paula Harfouche seja uma boa administradora, próxima dos utentes, e que não venha retirar, mas antes trazer mais valências para o hospital caldense. O também deputado municipal revela algum receio que esta responsável possa ser “igual” ao anterior presidente do conselho de administração, Carlos Sá, e que olhe “sobretudo para os números e não tenha a sensibilidade de pensar na área da saúde”. Diz isto porque Ana Paula Harfouche é autora do livro “Hospitais Transformados em Empresas – Análise do Impacto na Eficiência: Estudo Comparativo”.
Emanuel Pontes refere também que, “aparentemente”, a nova presidente do CHO “não tem técnica de campo”, mas julga que a equipa que integra colmata essa falha. Destaca ainda o facto desta nova equipa ter pessoas de vários quadrantes, entre eles do quadro do hospital caldense, o que se revela “um bom indício”.

Aprovada modernização administrativa

Simultaneamente com o anúncio do novo CA para o CHO, foi conhecida a aprovação do projecto de modernização administrativa, permitindo a criação de novas ferramentas que facilitem e poupem tempo aos utentes, como relembrando as marcaç~eos de consultas, a monitoriização integrada dos dados de saúde através do Portal do Utente, bem como a digitalização e desmaterialização dos processos administrativos e assistenciais. O projecto envolve financiamentos de mais de um milhão de euros, que engloba também a criação de uma plataforma de Telemedicina e de Telerradiologia.

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