Nesta freguesia mais de 5% dos votantes já são de outras nacionalidades
O grupo combinou reunir-se depois de Jos Vanloo, um belga de 63 anos, partilhar com a comunidade de estrangeiros um documento a explicar como se vota em Portugal. “Porque é muito confuso e é diferente do sistema de voto nos países de origem das pessoas. Aqui, nas autárquicas, tem de se votar três vezes, sendo possível escolher três cores”, contou o belga.
“Todos ficaram a perceber um pouco melhor as diferenças entre o sistema de voto português e aquele do seu país de origem”, balanceia. “E muitas pessoas responderam a dizer que queriam participar, e pensei que seria uma boa ideia reunirmo-nos para o fazer. Afinal, a maior parte de nós tem o direito de votar em Portugal, como cidadãos da União Europeia, por isso devemos usá-lo”, continua.
No grupo contavam-se outros belgas, ganhando em número os ingleses. “Vivemos aqui e também temos uma opinião sobre o que se faz na nossa freguesia e no nosso concelho”, afirma. “E foram os nossos vizinhos que nos encorajaram a ir votar”, denota.
O belga está a gostar da experiência de viver em Óbidos, onde faz natação na piscina municipal e participa nos eventos organizados pelo município, como o Folio, e nas festas populares, mas também é frequentador do Centro Cultural e de Congressos das Caldas.
“A maior parte das pessoas no nosso grupo vive aqui há cinco a dez anos, mas reparámos que apenas eu tinha participado nas anteriores eleições autárquicas (de 2021)”, comenta.
“Mas agora, em 2025, há mais pessoas interessadas, porque sentem um dever de envolvimento para com esta comunidade.”
“Life is good here”, remata Jos Vanloo.
“Esta é a nossa casa agora. É importante votarmos em quem nos aceita e olha por nós enquanto estrangeiros. Todos desejam demonstrar o seu apoio ao governo local, ou ser parte dele”, conclui o presidente da Oeste International Community Volunteers (OICV), Joseph Poon.































