“Profundamente injustas, ineficazes e penalizadoras do rendimento e das condições de vida de milhões de portugueses”. É assim que a Federação Distrital de Leira do PS classifica as medidas de austeridade anunciadas na últimas semanas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Em comunicado, a estrutura socialista diz que meses depois de o PS pedir sistematicamente mais um ano para o ajustamento da Troika, a razão foi-lhes agora dada “infelizmente, já sem a possibilidade de evitar os efeitos nefastos no rendimento das famílias e no crescimento da economia portuguesa”. O prolongamento de um ano para a redução do défice concedido pela troika “não vai ser aproveitado pelo governo para aliviar os sacrifícios, mas antes para os agravar”, acusa o presidente da Federação, João Paulo Pedrosa, ciente de que os cortes nas reformas, nos sectores da educação e da saúde, bem como o agravamento generalizado dos impostos, tornam “o ano de 2013 em mais um ano de perda brutal do rendimento das famílias”.
A distrital socialista junta a sua voz ao coro de críticas ao aumento das contribuições para a Segurança Social por parte dos trabalhadores, a par com a diminuição das contribuições por parte das empresas. Uma medida que diz ser “absurda, injusta e iníquia”.
João Paulo Pedrosa diz que as perspectivas para o distrito de Leiria “são muito sombrias”, dado que não foram anunciadas quaisquer medidas que reforcem as empresas, sobretudo as exportadoras, tão importantes na economia local. Medidas que, na sua opinião, deveriam passar pela celeridade no acesso ao crédito a carteira de encomendas, seguros de crédito, diminuição dos custos com electricidade e gás e facilidade no acesso a serviços que, pelo contrário, diz estarem a ser concentrados em Lisboa e Porto. Os cortes nos investimentos públicos que poderiam ajudar a economia local são também criticados.
J.F.






























