Coligação Portugal à Frente apelou ao voto em arruada nas Caldas

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Portugal à FrenteOs candidatos da coligação Portugal à Frente, incluindo as cabeças de lista pelos dois partidos que a compõem (PSD e CDS-PP), Teresa Morais e Assunção Cristas, fizeram a primeira arruada da campanha nas Caldas da Rainha, no passado dia 16 de Setembro.
Depois de uma visita à Frutalvor, onde conheceu as novas ampliações da central fruteira, a comitiva passou pela Praça da Fruta e Rua das Montras, onde distribuiu material de campanha e apelou ao voto no próximo dia 4 de Outubro.
“Se acredita em nós vote e traga mais alguns, pois precisamos de todos”, pedia a actual ministra da Agricultura e candidata, Assunção Cristas, aos vendedores da Praça da Fruta, enquanto lhes distribuía canetas e panfletos da coligação Portugal à Frente. Pelo caminho foi recebendo palavras de apoio, mas também algumas críticas às politicas levadas a cabo pelo actual governo, nomeadamente sobre os cortes na Segurança Social.
Mas antes, a comitiva composta por cerca de 30 elementos já tinha passado pela Frutalvor, a central fruteira situada na freguesia de Salir de Matos que aumentou recentemente as suas instalações, de modo a ter mais capacidade de armazenamento e de frio.
Para Assunção Cristas, que neste governo tem a pasta da Agricultura, é muito “positivo” ver pessoas com “vontade de continuar a investir e a aprofundar um caminho de sucesso”, disse referindo-se a esta organização de produtores. A Frutalvor exporta actualmente 60% da sua produção para Inglaterra, Brasil e Dubai. Entre as preocupações do sector, a ministra registou a necessidade de mais investigação e também uma maior celeridade na chegada dos fundos comunitários.
Assunção Cristas destacou que o governo tem tentado apoiar o sector, garantindo a continuidade dos fundos entre os dois quadros comunitários e “permitindo que as empresas escolhessem o momento que consideram mais oportuno para fazer os seus investimentos”.
A caabeça de lista da coligação, Teresa Morais destacou que, pelas instituições agrícolas por onde têm passado, tem sido “unânime” o reconhecimento do trabalho deste governo na área da agricultura. Um “conforto”, diz a candidata que, em campanha, não encontra hostilidade mas, pelo contrário, o “reconhecimento do trabalho feito nos últimos quatro anos nesta área”.
As questões da água também são sempre abordadas nestes encontros com dirigentes do sector. A governante deu nota da execução da rede de rega das baixas de Óbidos e Amoreira, que beneficiou de fundos do PRODER, e que recentemente foram aprovadas candidaturas para a concretização do regadio na Cela (Alcobaça) e do Vale do Lis, com apoios no âmbito do PDR 2020.
“O regadio é um tema central na nossa expansão agrícola, valorização do território e produtos que podemos tirar da terra”, sublinhou Assunção Cristas.

Uma terceira dragagem da lagoa

Assunção Cristas garantiu que o governo está a trabalhar intensamente com o sector agrícola e com universidades, no sentido de desenvolver um novo plano de gestão da sardinha. “Sabemos que queremos ser um país de sardinha para os próximos anos, mas para isso temos que proteger o recurso”, disse aos jornalistas.
A ministra da Agricultura e do Mar quer ter um plano de gestão da espécie pronto até ao final do ano para apresentar a Espanha e depois vê-lo validado em Bruxelas. A governante diz que ainda não há uma posição sobre se haverá ou não divisão da cota para Portugal e Espanha e que pediu a cientistas para analisarem uma eventual possibilidade de separação de stock, esperando agora os dados científicos para tomarem decisões.
A 15 de Setembro, candidatos da coligação visitaram a Lagoa de Óbidos e reuniram com pescadores e autarcas, que lhes sublinharam a necessidade de se avançar com a segunda fase de intervenção, de dragagem dos braços da Barosa e Bom Sucesso. Teresa Morais deixou a garantia do Ministério do Ambiente de que esta obra, orçada em cerca de seis milhões de euros, está prevista avançar em inícios de 2016.
No entanto, de acordo com a cabeça de lista, foi-lhes posta uma nova questão: a necessidade de desassorear mais profundamente uma zona de cerca de 47 hectares no corpo da lagoa que, na maré baixa, fica completamente sem água. “Trata-se de um sitio de criação de bivalves em que o aprofundamento de um metro permitia tirar uma maior rentabilidade”, disse, acrescentando que os cálculos já apresentados estimam a intervenção em cerca de meio milhão de euros.
Ficou o compromisso de apresentar a proposta ao Ministério do Ambiente para uma intervenção que, a realizar-se, será sempre posterior à da dragagem dos braços da Lagoa.

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Passos Coelho e Paulo Portas segunda-feira nas Caldas
Passos Coelho e Paulo Portas irão visitar a empresa Frutas Classe, situada no Bouro (Salir do Porto) na próxima segunda-feira de manhã. A acompanhá-los estarão os deputados por Leiria da Coligação Portugal à Frente.
A visita ao distrito dos líderes do PSD e CDS-PP começa na Benedita e depois das Caldas segue para o Bombarral, onde irão almoçar. Da parte da tarde estarão em Leiria, Ansião e em Pombal, onde decorrerá um jantar com a comitiva.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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