CDU reclama soluções para o sector da saúde

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É no sector da saúde que a CDU caldense encontra os problemas mais graves e que carecem de solução urgente. Na apresentação do seu programa eleitoral, que decorreu no passado dia 30 de Agosto na esplanada do Pópulus, os comunistas voltaram a defender que é preciso quebrar o “clima de intolerável chantagem” que se abateu sobre o Hospital Termal.
O candidato à Câmara, José Carlos Faria, considera que é “decisivo” assegurar o funcionamento público daquele hospital, mantendo-o vinculado ao Serviço Nacional de Saúde, enfatizar as virtudes terapêuticas das águas e renegociar com o Ministério da Saúde as comparticipações, nomeadamente em Reumatologia. O candidato comunista defendeu a gestão autonomizada e a unicidade patrimonial do complexo termal e admite a abertura à participação supletiva de privados no acesso às águas das termas.
José Carlos Faria diz ainda que é necessário lutar pelo restabelecimento de uma unidade hospitalar forte, destacando que só assim é possível viabilizar uma “centralidade operacional numa região com 300 mil habitantes”. A CDU mostra-se a favor dos cuidados de saúde de proximidade e contra o encerramento de serviços públicos de saúde.
Outra das prioridades é a Linha do Oeste, que os comunistas consideram estratégica, não só para as Caldas, como para toda a região. “É fundamental a sua electrificação, renovação do material circulante, servindo os fluxos turísticos e as populações com horários adequados, mas também o tecido económico, na vertente de carga, com um tarifário justo”, defendeu o candidato.
Para a CDU é também importante incrementar a fileira da cerâmica, criar oportunidades favoráveis à fixação de novas actividades e empresas e incentivar a revitalização do comércio local. O desenvolvimento económico passará também por potenciar de medidas de fomento da actividade agrícola, que valorizem e certifiquem os produtos regionais, assim como potenciar a atractividade turística a nível termal, de lazer e cultural.
Ao nível do urbanismo, defendem a revisão do PDM e a concretização de um Plano Estratégico e do Plano de Pormenor para o Centro Histórico. Na cidade “é necessário” equipamento e mobiliário urbano qualificado, a melhoria da iluminação, arborização de vários espaços e a recuperação dos edifícios degradados e abandonados.
José Carlos Faria defende ainda acções de sensibilização de modo a erradicar a “poluição visual que assola fachadas e muros”, e a realização de concursos para a produção da arte urbana em espaços definidos.
No que respeita ao resto do concelho, os comunistas querem ver reabilitados os núcleos históricos das freguesias, preservando a sua identidade.
A deslocalização da Central Rodoviária do centro da cidade é uma das promessas dos comunistas que, contudo, não avançaram nenhuma localização alternativa. A CDU defende ainda a criação de bolsas de estacionamento periférico gratuito, com acesso aos transportes urbanos, e ligações e acessibilidades entre a cidade e as freguesias, em particular o estudo de uma nova via entre Caldas da Rainha e Santa Catarina.
Na área do ambiente, a lagoa de Óbidos continua a assumir um papel primordial, com a CDU a defender o seu desassoreamento e despoluição.

CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA

José Carlos Faria defendeu também a criação de um Conselho Municipal de Cultura e o lançamento das bases de um Museu de Arte Contemporânea e do Museu Nacional de Cerâmica, angariando obras por doações, depósitos e aquisições orientadas. O candidato comunista considera que os museus municipais necessitam de mais dinamização e defendeu o apoio à construção do Centro de Criação e Formação do Teatro da Rainha, assim como o relançamento da Bienal de Artes Plásticas, envolvendo a ESAD.
Para o CCC, os comunistas propõem a revisão do modelo de gestão, “dotando-o de mais meios financeiros, de forma a torná-lo apto para cumprir mais cabalmente responsabilidades de serviço público”, disse José Carlos Faria.
Ao nível da educação, os comunistas batem-se pela defesa da escola pública e pelo acesso de todas as crianças à educação pré-escolar.
A CDU quer também ver resolvida a “injusta conjuntura” em que se encontram os trabalhadores dos Serviços Municipalizados, que estão “prejudicados nos seus salários, devido a não ter sido accionada, pela autarquia, a opção gestionária”, denunciou o candidato.
Ainda ao nível da gestão autárquica, a CDU promete tudo fazer para que a lei da agregação das freguesias venha a ser revogada e quer elaborar um orçamento municipal participado.

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Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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