Catarina Paramos e Carlos Tomás disputam hoje a liderança do PS das Caldas

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Os dois candidatos exercem actualmente funções de deputado na Assembleia Municipal

Hoje à noite, entre as 18h00 e as 22h00, há eleições no PS das Caldas. Os deputados municipais Catarina Paramos e Carlos Tomás são os dois candidatos à liderança do partido.
Tendo por lema “Somos Futuro!”, Catarina Paramos propõe-se combater a apatia e provar que as pessoas se interessam pela comunidade onde se inserem, quebrando as barreiras colocadas a uma maior participação cívica. A jovem caldense, que apresentou a sua candidatura aos militantes no dia 19 de Maio, defendeu a mobilização interna, a transparência e a abertura ao exterior como algumas das medidas essenciais.
“Os partidos políticos deviam constituir a porta de entrada principal para as pessoas participarem na política, ao invés disso tornaram-se em organizações pouco inspiradoras e pouco criativas”, considera.
Catarina Paramos acredita que os cidadãos interessam-se pelas causas e, quando mobilizadas da forma certa, participam, dando como exemplo o abraço ao Hospital, que reuniu mais de duas mil pessoas. No entanto, critica, “vivemos num concelho que desencoraja o envolvimento e a participação, por colocar obstáculos e barreiras constantemente no nosso caminho”.
A equipa liderada por Catarina Paramos defende uma estratégia que leve o PS a vencer as próximas eleições autárquicas. Para isso, estará uma equipa a trabalhar em “dedicação exclusiva” com as freguesias com o objectivo de “identificar os melhores candidatos e construir um projecto autárquico verdadeiramente integrado”.
A candidata promete também a realização de ciclos de debates para militantes e simpatizantes, abertos à população ou realizados em sítios públicos que possam dar visibilidade às acções do PS no panorama caldense. A par disso, pretende também realizar acções de formação política, com o intuito de preparar os candidatos para os próximos actos eleitorais que se avizinham.Catarina Paramos quer também que o programa eleitoral autárquico apresentado pelo PS às próximas eleições seja um documento participativo e participado, que deverá ter em conta a opinião dos caldenses. Neste âmbito será criado um Laboratório de Ideias e de Contributos para as Caldas, à semelhança do Laboratório de Ideias que existe a nível nacional.
Entre as bandeiras desta candidatura estão a defesa do termalismo e do Hospital Termal numa perspectiva de relançamento económico da região e desenvolvimento do turismo, mas mantendo a sua vertente assistencial no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, assim como a manutenção da Linha do Oeste como um eixo ferroviário fundamental no desenvolvimento económico e social da região. O desenvolvimento de soluções que permitam aproveitar o potencial artístico da Escola Superior de Arte e Design e a definição de políticas de dinamização e vitalização social e cultural do espaço público urbano, são outras das prioridades.

“Ganhar a Câmara nas próximas eleições”

Tendo por lema “Crescer com as Pessoas”, a candidatura de Carlos Tomás tem objectivos claros: “ganhar a Câmara nas próximas autárquicas, dinamizar o partido internamente e, acima de tudo, levar os militantes a reflectir sobre o que é o socialismo”. O candidato apresentou a sua candidatura no passado dia 24 de Maio.
Carlos Tomás considera que as autarquias modernas devem ter como prioridades o apoio ao desenvolvimento económico sustentável e ao emprego, à educação e ao apoio social. “A sua gestão deve ser aberta e transparente às entidades e às pessoas”, disse.
Reportando-se às actuais obras de regeneração que decorrem no centro histórico, Carlos Tomás lembra que já em 1997 a ideia tinha sido defendida pelo então candidato do PS à Câmara, Delfim Azevedo, para a melhorar enquanto cidade comercial a céu aberto. “Em 2005 o candidato António Galamba voltou a clamar pela necessidade de adequar o espaço urbano a uma nova imagem, de forma a adequar os espaços comerciais e impedindo a progressão das grandes superfícies”, referiu Carlos Tomás.
O candidato considera que qualificar a cidade é um aspecto essencial. No entanto, não poupa críticas à intervenção que está a ser feita pela autarquia, “sem grandes direcções, com as obras paradas para depois se definir o que se faz a seguir, ou seja, estamos a ter uma gestão da regeneração urbana a palmo”.
Carlos Tomás quer uma cidade limpa, aberta e rejuvenescida, em que os espaços comerciais terão que fazer também as suas adaptações em face do mercado que existe, mas tendo o município como o grande dinamizador dessa mudança.
O também deputado na Assembleia Municipal destaca que o partido “está vivo”, como o comprova a existência de duas candidaturas, “perfeitamente autónomas e com projectos independentes para desenvolver este concelho”. Destaca que o período que se aproxima é muito exigente e que a comissão política vencedora terá que desenvolver e implementar o projecto de candidatura autárquica. “É um projecto que por si só é difícil”, disse o candidato que reconhece que tem sido difícil para o PS Caldas construir resultados em termos de eleições autárquicas. “Entendemos que é preciso experiência e capacidade de liderança, por isso apresentámos esse projecto”, justifica.

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Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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