O médico e empresário leiriense, Cândido Ferreira, diz que se for eleito Presidente da República a sua primeira medida será reformar aquela instituição, que actualmente é “despesista” e que deve dar o exemplo ao país.
No passado dia 18 de Janeiro esteve em Peniche e nas Caldas, cidade que “conhece melhor que qualquer outro candidato” uma vez que durante vários anos foi proprietário do centro de hemodialise nas Gaeiras (Óbidos). Depois de um almoço com jornalistas no Pachá, reuniu com o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, a quem elogiou a animação que é feita na cidade.
“Se for eleito a minha primeira medida será reformar a própria Presidência da República”. Palavras de Cândido Ferreira, o candidato leiriense que considera que tem que ser esta instituição a dar o exemplo ao país, com uma redução “drástica” dos seus gastos, para depois poder estender a mesma acção aos restantes organismos públicos.
Cândido Ferreira disse ainda, durante um almoço com a comunicação social, que a Presidência da República tem actualmente mais de 600 funcionários, dezenas de automóveis e de assessores e custa a cada português oito vezes mais do que a casa real espanhola custa a cada espanhol.
“Os próprios ex-presidentes da República também são despesistas”, criticou, defendendo que é preciso ter respeito pelo dinheiro dos contribuintes.
O médico e empresário defende também que o papel de todas as candidaturas é escrutinarem muito bem a vida pública e currículos dos candidatos. Por isso, desafiou o também candidato Sampaio da Nóvoa a esclarecer o seu percurso académico, nomeadamente a forma como obteve a sua licenciatura em Teatro. O antigo reitor da Universidade de Lisboa não respondeu, mas Cândido Ferreira diz que possui em seu poder um documento do Ministério da Educação que informa que se trata apenas de um curso superior e não é equiparado a licenciatura.
Afastado dos holofotes e das campanhas de rua, o candidato tem apostado em fazer uma campanha por causas, em que cada dia elege um tema diferente e visita locais problemáticos ou exemplares nessa área. Na passada segunda-feira, o tema foi o Mar e Peniche o primeiro destino. Foi lá que visitou a Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar e o seu centro de investigação Cetemares.
“Temos 40 vezes mais mar do que terra”, disse o candidato, que considera que este recurso tem vindo a ser “completamente desprezado” pela Presidência da República e também pela classe política. Exemplos disso são “a destruição do tecido produtivo ligado às pescas, a falta de investimento nos portos e na construção naval”, disse.
Questionado sobre o que poderia fazer para ajudar nos problemas caldenses com o Hospital Termal e revitalização do termalismo, Cândido Ferreira reconheceu que é difícil o Presidente da República fazer mais do que um magistério de influência. No entanto, realça que este é um problema que conhece bem tendo em conta que foi líder da distrital socialista de Leiria e chegou a acompanhar governantes aquando das suas visitas ao Hospital Termal.
Cândido Ferreira diz mesmo que duvida que outro candidato conheça as Caldas da Rainha tão bem como ele, pois chegou a pensar instalar na cidade a sua clínica de hemodiálise, antes de optar pelas Gaeiras (Óbidos). “Ainda sou proprietário das instalações no Alvito e pago IMI em Óbidos e almoço e janto frequentemente em restaurantes das Caldas, onde tenho um leque grande de amigos”, disse, acrescentando que na cidade foram recolhidas cerca de 400 assinaturas para a formalização da sua candidatura.
O candidato reuniu com o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, para se inteirar da situação actual deste concelho. Antes deu uma volta pela cidade e mereceu-lhe a atenção a animação comercial que encontrou nas ruas centrais, que diz ser um “exemplo para o país”, quando a maioria das cidades está desertificada.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt
Cândido Ferreira diz que se candidata para reformar a Presidência da República
- publicidade -






























