Candidatura da CDU trouxe Paulo Raimundo de comboio até às Caldas

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Carca de 70 pessoas receberam Paulo Raimundo junto à Estação

Dirigente reconhece que o problema da Linha do Oeste não pode ser resolvido pelas autarquias, mas cabe-lhes o papel de reivindicar

O secretário geral do PCP, Paulo Raimundo, fez a viagem de comboio entre o Bombarral e as Caldas, na manhã de 2 de outubro, para alertar para a necessidade de concretização da requalificação e modernização da Linha do Oeste. Uma viagem para demonstrar que esta população “poderia estar muito melhor servida” se a linha estivesse totalmente requalificada e com a obra de eletrificação das Caldas para Leiria já em curso. “Era possível servir melhor as populações em função de uma urgência que é um plano ferroviário que responde às necessidades do país e das populações”, salientou aos jornalistas antes de uma ação pública na estação dos comboios.

A modernização da linha do Oeste não é uma responsabilidade das autarquias, “mas não é indiferente se as autarquias assumem um papel de mobilização, de reivindicação, junto do poder Central e envolvendo as populações nessa reivindicação”, afirmou, acrescentando que é isso que entende que deve ser feito. Paulo Raimundo deu exemplos do trabalho feito em autarquias geridas pela CDU, que contam com a mobilização popular para a exigência do Hospital, no caso do Seixal, e na a implementação do passe no transporte fluvial entre Setúbal e Troia nos casos de Setúbal e Grândola.

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As críticas da CDU não se referem só à linha férrea, mas também à falta de conforto nas estações e à desadequação dos horários às necessidades dos utentes. Depois, o problema das carruagens. “O país cometeu um erro gravíssimo e que tem que recuperar, que é perder a capacidade de construção de material circulante”, disse, adiantando que estão a ser alugadas carruagens em Espanha, quando havia possibilidade de, não só fabricar, como exportar carruagens. De acordo com o dirigente comunista, há ainda a necessidade de contratar mais trabalhadores. “O país, em vez de gastar 5% do PIB para a guerra, deve investir uma porcentagem considerável para recuperarmos a capacidade produtiva no material circulante”, considera.

Também Margarida Patrocínio, candidata à Assembleia Municipal, defendeu a necessidade de “empenhamento” para que esta linha férrea continue a servir milhares de utilizadores. Por seu lado, o candidato à Câmara, Duarte Raposo, falou da necessidade de mais trabalhadores na CP e de melhores ordenados. “As obras pouco interessam se não houver mais comboios e horários”, referiu, realçando que sem a intervenção da CDU “as obras na linhas ainda estariam por começar”.

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