Candidatos das Caldas debateram grandes temas para o concelho

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O grande auditório do CCC recebeu o debate entre os oito candidatos à autarquia caldense, numa organização da Gazeta das Caldas com o apoio da 91 FM

Os oito candidatos debateram saúde, habitação, segurança e economia, revelando visões distintas e pontos de convergência

O debate entre os oito candidatos às autárquicas nas Caldas da Rainha revelou visões distintas para os principais desafios do concelho, mas também pontos de convergência sobre o futuro da cidade.

Na área da saúde, todos concordaram na urgência de valorizar o Hospital das Caldas e de lutar pelo novo Hospital do Oeste. Vítor Marques (VM) destacou o investimento municipal já realizado e a necessidade de unidade nas reivindicações, enquanto Duarte Raposo (CDU) defendeu o reforço do Serviço Nacional de Saúde e criticou o contínuo desinvestimento público. Luís Gomes (Chega) alertou para o risco das promessas vagas e da falsa unanimidade que não se traduz em ações concretas nesta área. Hugo Oliveira (AD) reforçou a importância de garantir médicos de família e a continuidade dos apoios existentes. João Arroz (Livre) focou-se na acessibilidade universal ao hospital, independentemente da sua localização. Carlos Barroso (ADN) propôs a criação de corredores de emergência que facilitem o acesso rápido dos utentes, e Carlota Oliveira (IL) sublinhou a necessidade de atrair profissionais de saúde qualificados e investir na saúde mental. Já Carlos Ubaldo (BE) destacou a dignificação dos profissionais de saúde e a importância de manter os serviços essenciais funcionando.

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No tema da habitação, Duarte Raposo enfatizou a necessidade de aumentar o parque habitacional público. Luís Gomes alertou para a prudência face a medidas populistas, defendendo equilíbrio entre apoio social e responsabilidade fiscal. Hugo Oliveira realçou a urgência em implementar programas públicos, como o “Primeiro Direito”. João Arroz apontou para a meta de 10% de habitação pública e a reabilitação dos imóveis devolutos para aumentar o parque habitacional. Carlos Barroso falou da necessidade de regulação e apoios para famílias em dificuldade. Carlota Oliveira deu atenção a soluções inovadoras, como o co-living e a desburocratização. Carlos Ubaldo apostou em “renda justa” e modelos como o arrendamento intergeracional, enquanto Vítor Marques destacou o apoio à renda, compra de casas e loteamentos para famílias jovens.

A (in)segurança foi o tema que mais dividiu os candidatos. Luís Gomes reafirmou que a videovigilância é um dos pilares do seu programa, enquanto Hugo Oliveira pediu mais efetivos policiais e uma política municipal integrada. João Arroz questionou os impactos negativos da vigilância excessiva na sensação de segurança e defendeu a integração social e combate à violência doméstica. Carlos Barroso sugeriu incentivos, como habitação para os agentes, e reivindicou mais efetivos para a região. Carlota Oliveira defendeu a criação de uma polícia municipal mais próxima da população. Carlos Ubaldo chamou a atenção para a inclusão social e os direitos laborais como componentes de segurança. Vítor Marques destacou o reforço policial e a integração cultural dos imigrantes, enquanto Duarte Raposo pediu mais meios para polícias e bombeiros e investimentos em saneamento e espaços públicos para prevenir a criminalidade.

Quanto ao desenvolvimento económico e sustentabilidade, Hugo Oliveira criticou a saída de empresas pela falta de condições e defendeu a aposta em zonas industriais sustentáveis. João Arroz propôs medidas para eficiência energética, isolamento térmico das casas e apoio à agricultura biológica. Carlos Barroso sugeriu a criação de um espaço para jovens empreendedores e criticou falhas na execução dos fundos do PRR. Carlota Oliveira destacou a importância de desburocratizar as zonas industriais e dinamizar o comércio local, com atenção às freguesias. Carlos Ubaldo salientou a necessidade de apostar em emprego verde, arborização urbana e resiliência climática. Vítor Marques reforçou a importância da revisão do PDM para ampliar as áreas de implantação empresarial. Duarte Raposo pediu incentivos eficazes para micro e pequenas empresas, além de mobilidade sustentável e proteção da agricultura familiar. Luís Gomes apontou o Hospital Termal como eixo de desenvolvimento essencial.

Num desafio final sobre um projeto para arrancar em 2026, João Arroz apontou a eletrificação da Linha do Oeste, enquanto Carlos Barroso, Carlota Oliveira e Hugo Oliveira apostaram no Hospital do Oeste, com estes últimos a acrescentarem os projetos do hotel nos Pavilhões do Parque e o reforço do Termal, opção que Vítor Marques também priorizou. Carlos Ubaldo propôs a criação de uma centralidade intermodal na Expoeste, enquanto Duarte Raposo enfatizou a mobilização social pela melhoria salarial e pelas obrigações constitucionais do poder local. Luís Gomes aposta na criação de um crematório municipal junto ao cemitério de Santo Onofre.

O vídeo integral do debate está disponível no canal de YouTube da Gazeta das Caldas.

 

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