Foram 23 os votos a mais que a CDU obteve nas Caldas em relação a 2009 e que a mantém como a quarta força politica do concelho, com pouco mais de 4,5% de votantes.
Para Vítor Fernandes, responsável do partido nas Caldas e membro do secretariado da direcção regional de Leiria do PCP, este resultado não correspondeu às expectativas, até porque acreditava que “podíamos eleger um deputado da CDU no distrito”.
Ainda assim, Vítor Fernandes destaca os bons resultados nas freguesias urbanas, especialmente em Santo Onofre, onde tiveram mais votos, contabilizados nas mesas onde, normalmente, vota a juventude. Também a freguesia de Tornada foi uma boa surpresa, com um “aumento significativo” de votos, o que lhes dá a “garantia que vamos continuar a travar a luta neste concelho”.
Na sua opinião, houve muita gente que “não teve coragem” de votar na CDU, destacando que os eleitores, com medo da direita poder ganhar, acabaram por votar no PS. “Todos os sítios onde fomos, e no contacto de rua que tivemos, as perspectivas eram boas”, conta o dirigente comunista, decepcionado com os resultados depois de várias semanas de campanha “muito boa e afirmativa”. Vítor Fernandes deu também nota do bom trabalho feito pela cabeça de lista por Leiria, Ana Rita Carvalhais.
Apesar de não terem um deputado eleito neste distrito, os comunistas vão continuar a ter representantes a acompanhar a situação da regiao, à semelhança do que já aconteceu na legislatura anterior, em que esta tarefa foi assumida sobretudo pelo deputado Bruno Dias.
Entre outros assuntos, Vítor Fernandes garante que irão continuar a bater-se pela modernização da Linha do Oeste, criação do Hospital Oeste Norte nas Caldas, aumento da produção nacional ao nível da agricultura e da indústria, a melhoria dos cuidados básicos de saúde e as dragagens na Lagoa de Óbidos.
A nível nacional a coligação PCP-PEV alcançou 7,94% dos votos (mais 0,08% do que em 2009), elegendo mais um deputado do que há dois anos. Um resultado que deixa Vítor Fernandes contente, mas que não é suficiente pois “o país virou à direita”, dando nota dos bons resultados do PSD e CDS/PP.
“A politica de direita não é boa para o país, especialmente para os trabalhadores”, alerta Vítor Fernandes, destacando que o que será posto em prática é o programa da troika.
O dirigente comunista comentou ainda o mau resultado obtido pelo PS, como sendo a penalização pela “politica de direita que desenvolveu nos últimos anos”. Na sua opinião, o partido liderado até domingo por José Sócrates foi o grande responsável pela vitória do PSD.






























