Caldense reeleita na Comissão da Juventude da UGT

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Débora Vicente Alves

A caldense Débora Vicente Alves foi recentemente reeleita como presidente da Comissão da Juventude da União Geral de Trabalhadores (UGT), em representação do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública.
Da Comissão de Juventude fazem parte membros indicados ou eleitos pelos sindicatos filiados na UGT, que representa os jovens, até aos 35 anos, neles inscritos.
Com 67 sindicatos afectos à UGT (com ligações ao PS e PSD), um dos principais objectivos deste novo mandato será continuar a criar comissões de juventude em cada um deles. “Queremos dessa forma trabalhar em conjunto com os jovens que estejam sindicalizados”, explicou a caldense, de 32 anos, à Gazeta das Caldas.
Débora Vicente Alves assume que quando aderiu à UGT sentia que os sindicatos estavam desacreditados junto dos jovens, mas acredita que tem vindo a conseguir dinamizar a comissão. “Na verdade, os jovens estão muito desmobilizados para as causas sociais e não se interessam pelos sindicatos, pela política, ou para o voluntariado”, referiu.
Para chegar a mais jovens têm apostado nas tecnologias de informação, com actualização constante do sítio na Internet e do Facebook da comissão, e realizado várias acções relacionadas com a temática do emprego e os jovens.
Para além da presidência desta comissão, Débora Vicente Alves é também responsável pelo pelouro Contra o Trabalho Infantil, no âmbito do qual organizou no ano passado um seminário com o tema “Para e por nós, Contra o Trabalho Infantil”, no Inatel da Foz do Arelho.

Trabalho precário e desemprego preocupam jovens

Numa altura em que uma música do grupo Deolinda se tornou o hino de uma geração de licenciados que teme o desemprego e o trabalho precário, a sindicalista dá razão a quem se queixa, mas lembra que há muitos anos que existem estes entraves para a entrada no mercado de trabalho.
“Se calhar agora isso está mais na berra, mas as gerações anteriores também sofreram com isso”, comentou Débora Alves.
O seu caso pessoal pode ser também um exemplo. Funcionária na Câmara das Caldas, onde é assistente técnica, aufere um vencimento de 683 euros porque nunca foi reclassificada, apesar de ter uma licenciatura em Ciências Sociais. “Quando terminei o bacharelato, e depois a licenciatura, já estava a trabalhar na Câmara Municipal e dei conhecimento aos meus superiores hierárquicos que tinha adquirido novas habilitações”, mas nunca houve interesse por parte das chefias em usufruir dos seus conhecimentos como licenciada.
Por outro lado, Débora Alves salienta que não é só em relação aos licenciados que devem existir preocupações. “Os jovens com habilitações menores têm taxas de desemprego mais altas e não nos podemos esquecer deles”, afirmou.

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Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt

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