Bruno Dias diz que o CHO não tem que passar a EPE para poder integrar subcontratados

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O deputado do PCP na Assembleia da República, Bruno Dias, entende que se houvesse vontade política os trabalhadores precários já poderiam estar integrados, sem que fosse necessário o CHO passar a Entidade Publica Empresarial (EPE). O  deputado comunista esteve nas Caldas no passado dia 13 de Fevereiro para se inteirar da situação dos trabalhadores subcontratados e deixou um apelo para que não baixem os braços. “Foi a luta que nos trouxe aqui e é a luta que nos vai fazer avançar”, defendeu. 

Depois de resolvido o problema mais imediato dos salários em atraso dos subcontratados do CHO, os trabalhadores continuam agora a luta por um vínculo estável na Administração Pública. O PCP, que esteve desde o início com estes trabalhadores, continua a acompanhar a situação e a bater-se, na Assembleia da República, pelo combate à precariedade.
“Temos que tratar os trabalhadores como pessoas e não como material”, defendeu o deputado do PCP na Assembleia da República, Bruno Dias, depois da reunião com representantes do Movimento Precários do CHO e do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. O deputado defende a integração destes trabalhadores no vinculo público como forma de os dignificar, mas também para que os próprios serviços públicos saiam valorizados, pela estabilidade e segurança que dão aos utentes.
Para que esta integração aconteça é necessário garantir a “desburocratização, eficiência e rapidez das respostas e não responder a problemas com outros problemas”, disse, referindo-se à questão das EPE. Isto porque estas entidades públicas empresariais também integram situações de precariedade.
O deputado comunista considera que, havendo vontade política, é possível proceder à integração destes trabalhadores através de concursos. Garante que não está a propôr que se complique o processo, mas que este deve ser “prático, eficaz, rápido e incluir as situações que têm que ser incluídas”.
Bruno Dias considera que já havia condições para os processos avançarem este ano e que uma questão determinante para a resolução desta situação é a mobilização das pessoas. “Foi a luta que nos trouxe aqui e é a luta que nos vai fazer avançar”, disse, apelando aos trabalhadores para se mobilizarem de forma a acabar definitivamente com as situações de precariedade.
O PCP pretendia também fazer uma visita e reunir com o Conselho de Administração do CHO para se inteirar de alguns dos problemas que atravessa o hospital caldense, mas tal não foi possível por razões de agenda do conselho de administração, explicou o dirigente caldense, Vítor Fernandes. A reunião ficou adiada para daqui por um mês.

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