BE lança ciclo de debates para uma nova cultura política

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Gazeta das Caldas
Os bloquistas dizem que há muitos museus nas Caldas, mas que estes são pouco dinamizados |Natacha Narciso

No próximo dia 1 de Junho, pelas 21h00, o Bloco de Esquerda das Caldas vai debater o Serviço Nacional de Saúde. A iniciativa, que irá decorrer no salão nobre da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, está integrada no Observatório, um ciclo de debates a realizar durante a campanha.
A 15 de Junho estará em destaque a educação, com a temática “Educação para a Cidadania ou a Cidadania para a Educação” e, por último, a 29 de Junho, os bloquistas irão debater a criação de emprego e dinamização da economia.

Na primeira sessão, que decorreu a 18 de Maio, os participantes tentaram responder à questão “A cultura faz a cidade?”. O mandatário da candidatura autárquica, Valter Vinagre, começou por levantar algumas questões sobre a existência, ou não, de industrias culturais nas Caldas da Rainha. De acordo com nota de imprensa do BE, o fotógrafo sublinhou a fragmentação das referências e dos agentes culturais como um dos principais problemas do actual meio cultural caldense. No seu entender, a grande questão passa pela falta de um projecto aglutinador que potencie a afirmação cultural da cidade, sem esquecer a integração das freguesias.
A designer e activista ambiental, Maria João Melo, mencionou o elevado número de museus existentes nas Caldas em contraponto com as poucas actividades dinamizadas pela autarquia e a falta de vivência por parte dos munícipes. “Falta estímulo ao aparecimento e maior desenvolvimento das industrias culturais”, considera a designer, para quem é preciso convocar as ferramentas da arte e do design e colocá-las ao serviço da população.
O candidato pelo BE, Lino Romão, defendeu a criação de um Serviço Educativo transversal e comum a todas as instituições ligadas à Câmara. Uma tal estrutura poderia criar de imediato 10 postos de trabalho na autarquia, “já que estas instituições culturais estão a funcionar mal devido à falta de pessoal qualificado que as impulsione”, referiu.
Lino Romão propõe ainda a criação de um Conselho Municipal da Cultura, com representantes da Assembleia Municipal e das associações e colectivos que actuam no campo da cultura. Em articulação, deve ser também lançado o Orçamento Participativo para a Cultura e propõe ainda a criação de um gabinete técnico de acompanhamento do Orçamento Participativo.

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