A visão para as Caldas segundo os 7 candidatos

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O debate decorreu no Grande Auditório do CCC

O grande auditório do CCC lotou, na noite de 16 de setembro, para o debate que juntou os candidatos à Câmara e em que se discutiram os desígnios do concelho

Nos minutos finais, e já depois de duas horas de debate, viveu-se o momento mais acutilante da noite quando o candidato do PS à Câmara das Caldas, Luís Patacho, garantiu que o seu adversário e atual presidente da Câmara, Tinta Ferreira, prevê apenas exercer durante dois anos, entregando depois o executivo ao seu número 2, Hugo Oliveira. “Essa foi a razão pela qual o PSD não aceitou Vítor Marques para número 2 na lista”, garantiu o socialista. Ainda que Tinta Ferreira tenha respondido que “teria de levar com ele durante quatro anos”, Luís Patacho reiterou a sua convicção. A tentativa de colagem de Vítor Marques ao PSD já tinha sido antes feita pelo candidato do PS, lembrando os dois mandatos que exerceu, integrando as listas dos social-democratas, e questionando-o sobre o que pretende mudar, quando antes se “revia” na gestão PSD.

“Temos um OP que demorou cinco anos a implementar, demoramos muito tempo a fazer as coisas, temos de ser mais céleres”

Vítor Marques (Vamos Mudar)

“Não temos capacidade financeira para se fazer tudo ao mesmo tempo. Fazemos opções e acho que têm sido positivas”

Tinta Ferreira (PSD)

“Defendemos um plano de expansão das termas com um novo balneário termal, moderno, que potencie o número de aquistas”

Luís Patacho (PS)

 

“Não vale a pena termos uma Linha do Oeste se não tivermos comboios, precisamos de ter um serviço com horários da rodoviária”

Edmundo Carvalho (Chega)

 

“Os serviços são as áreas em que as economias ricas têm a maioria dos seus negócios e onde produzem mais riqueza”

Carlos Ubaldo (BE)

 

“Temos de agitar as águas, [nas Caldas] não somos águas mornas.
Este concelho tem de voltar a estar no centro das atenções”

Paulo Pessoa de Carvalho (Caldas Mais Rainha)

“Tem de ser feita a revisão do PDM para que as pessoas se fixem nas freguesias rurais e que aí se criem novos nichos de negócio”

António Barros (CDU)

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O trabalho feito na União de Freguesias de Nossa Sra do Pópulo, Coto e S. Gregório e o cumprimento de praticamente todo o seu programa, foi apresentado como justificação para a mudança pelo candidato do Vamos Mudar. “Não defraudámos as expetativas dos eleitores, nunca pusemos em causa quem nos elegeu por um partido, mas achamos que há um caminho diferente, com um programa que lançámos a tempo e horas”, disse o candidato, defendendo uma outra forma de estar na política, de maior proximidade às pessoas e admitindo que sonha ver, dentro de uma década, a cidade com diversidade, mais vivência de rua, um comércio mais ativo, com o comboio a chegar a horas e com as escolas a cumprir o seu papel de formação.
Encontrar as Caldas entre os 10 melhores concelhos de Portugal para viver é o desejo de Paulo Pessoa de Carvalho, da Coligação Caldas Mais Rainha. O candidato defende mais emprego e riqueza, como garante de atratividade para a fixação de mais pessoas.
Também o candidato do Chega, Edmundo Carvalho, destacou a prosperidade das Caldas, com boas condições de emprego e termalismo de referência como metas para 2030. Realçou que o seu partido é o único que não tem responsabilidades no estado a que as Caldas chegou e quer fazer parte da governação autárquica para garantir a mudança no concelho.
Do lado oposto, o presidente da Câmara, Tinta Ferreira (PSD), considera que tem cumprido o que promete e que, dentro de uma década, gostaria de ver o hospital termal com mais aquistas do país, os problemas da Lagoa e da saúde resolvidos, num concelho com mais qualidade de vida e ambientalmente sustentável.
Já António Barros (CDU) alertou para a perda de habitantes no concelho e a necessidade de alteração do PDM para não prejudicar as freguesias, enquanto que o candidato bloquista, Carlos Ubaldo, quer uma cidade capaz de se afirmar para o futuro, “com causas vitais da sua sustentabilidade”.
No debate, promovido pela Gazeta das Caldas e 91FM, estiveram em discussão, durante mais de duas horas, algumas das grandes temáticas que se colocam para o futuro do concelho, como foi o caso do termalismo, emprego e economia local e a mobilidade. ■

 

 

 

 

Ideias centrais

Edmundo Carvalho
Termalismo aliado ao turismo e comércio local, planeamento territorial estratégico, captar empresas e emprego, parque de estacionamento em Santo Onofre

 

Tinta Ferreira

Transformação da zona industrial em área empresarial, pequenas zonas industriais, criar dois silos auto e alargar a rua da Estação, implementar Plano de Mobilidade

 

Vítor Marques

Criação de um conselho estratégico empresarial, plano hidrológico do concelho, criar um gabinete de apoio ao imigrante, criação de shuttles de ligação às freguesias

 

Paulo Pessoa de Carvalho

Investidor privado a gerir o Hospital Termal, requalificação da ZI, criação de incentivos para as empresas, ciclovias, arranjo das redes viárias para o interior do concelho

 

Carlos Ubaldo

Empresas de cariz inovador e ligadas à economia verde, transportes sustentáveis, plano integrado de resposta climática municipal, corredores verdes entre os bairros

 

António Barros

Gestão do termalismo integrada no SNS, criar novas ZI, melhorar a estrada Caldas-Benedita, necessidade de revisão do PDM, alargar o Toma às freguesias rurais

 

Luís Patacho

Plano de expansão integrado do termalismo, estabelecimento de ensino superior na área da hidrologia, programa de apoio à retoma da economia local, plano estratégico dos mercados

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