Uma noite fria e com chuva transformou a assembleia popular em frente à Câmara das Caldas, a 4 de Novembro, num pequeno encontro de 14 pessoas, em que predominavam elementos ligados ao Bloco de Esquerda, mas deixou uma semente que pode germinar em novos movimentos.
Ana Branco, a jovem estudante caldense que organizou a assembleia popular, fez um balanço positivo desta primeira actividade. “Começámos com pontos mais abstractos, para nos conhecermos e no futuro podemos discutir propostas em concreto”, disse.
A jovem referiu que não existe uma tradição nas Caldas em participar em iniciativas deste género e por isso ficou satisfeita com a adesão inicial. “A própria Câmara Municipal não incentiva a participação das pessoas e queremos combater essa falta de participação”, disse.
No final da reunião ficou decidido fazer um novo encontro ainda em Novembro, desta vez numa sala para evitar constrangimentos devido às condições meteorológicas. No mural do evento no Facebook uma das responsáveis pelo Bixo Mau já disponibilizou as instalações daquele estabelecimento para futuras assembleias.
Da segurança à falta de empregos
A segurança na cidade, as actividades desportivas, a Lagoa de Óbidos, a falta de empregos para jovens e a linha do Oeste foram alguns dos assuntos abordados durante esta primeira assembleia popular.
Em relação à segurança, Ana Branco contou mesmo o caso de uma amiga sua que terá sido assaltada por duas vezes perto de casa, numa zona central da cidade.
Lino Romão lamentou a pouca participação das pessoas e o facto de haver muitos militantes que estão nos partidos “como se fosse um clube de futebol”. No entender de alguns dos participantes nesta assembleia popular, até nas redes sociais se percebe que existe algum pejo em comentar as questões relacionadas com as Caldas. “A verdade é que quem se põe a jeito corre alguns riscos”, comentou Lino Romão, acreditando que haja quem saia prejudicado por ter opiniões diferentes dos poderes instalados. “Há pessoas que não são verdadeiramente democráticas”, afirmou.
Para o caldense, é notória a falta de qualidade do debate político nas Caldas quando o partido que detém o poder local (PSD) nas últimas eleições autárquicas, “em vez de um programa apresentou uma ‘caderneta de cromos’ com a legenda dos nomes e mesmo assim venceu-as”.
Outro participante, João Cera, salientou que não tem qualquer filiação partidária e até nem é adepto de manifestações de rua de cariz popular, mas quis aproveitar a ocasião para trocar algumas impressões com os caldenses.
“Relativamente às Caldas, não me identifico nada com a gestão política dos últimos 30 anos. Sou a favor de uma mudança completa de mentalidade e de melhoria total de imagem desta cidade”, disse à Gazeta das Caldas.
João Cera considera que “vivemos num paraíso geográfico” e lamenta que não haja um melhor aproveitamento das condições desta região. “Ouvi falar de uma requalificação urbana. Acho que essa é urgente, começando pela repavimentação total de todas as ruas e aumento significativo de iluminação”, concluiu.































É normal que haja pouca adesão! Quando os elementos são maioritariamente do BE, estamos mesmo à espera de quê?
É pena… Pois até podia ser uma boa ideia, mas infelizmente não passou de uma “Assembleia de quem é do Contra”.
Eu também acho que as Caldas precisa de uma mudança, mas essa não passa nem pelo Bloco de Esquerda, nem por pessoas como o Sr Cera…
É preciso ser responsável e apoiar pessoas responsáveis!
Cara Sofia Salvador (que não conheço): Permita-me que lhe responda já que mencionou o meu nome.
Sou nascido e crescido nesta cidade das Caldas e actualmente residente. Orgulho-me das minhas raizes, orgulho-me de ter nascido numa terra que sempre teve um potencial enorme e uma qualidade geográfica tremenda. Todas estas características, segundo a minha opinião e pelo que tenho observado nos últimos 30 anos, têm sido desaproveitadas e até anuladas. Daí que como cidadão que paga impostos, que tem gosto numa melhor qualidade de vida e sendo normal aspirar ao desenvolvimento do espaço em que vive, com todo o direito manifesto a minha opinião e defendo crítica construtiva.
A mim não me interessa quem é do BE ou de outro partido qualquer. Não tenho qualquer filiação partidária e creio que as pessoas não trazem essa filiação escrita na testa. E que eu saiba, vivemos num país e numa CIDADE LIVRE, em democracia. Quanto à mudança, há muito que acho que essa é urgente. Da minha parte só posso contribuir com o meu VOTO (que nunca foi dado para quem lidera a autarquia actual). Também posso contribuir com a minha opinião, sem querer mudar a dos outros. Não tenho quaisquer objectivos e aspirações a cargos políticos. E mesmo que tivesse, pergunto à Sofia Salvador : Quem é a Sofia para me dar lições de responsabilidade ?
… ah ! e outro pormenor : Eu não sou “contra” nada. Sou antes a favor das Caldas, do seu desenvolvimento e da muito melhor qualidade de vida que esta terra merece e pode ter. Sou a favor de uma mudança política. Seja o partido que fôr porque aquele que lá está há 30 anos mostrou (na minha opinião) péssimo resultado.
Quando alguém me diz que não há alternativa… pelo menos quatro alternativas têm havido ! A mesma de sempre há muito que está esgotada.
Sr Cera, eu não disse que o Sr. não era responsável, pois isso não passaria de uma opinião da minha parte. No entanto, o que lhe digo é que NUNCA, e repito NUNCA o vi envolvido em nada de criativo e que efectivamente trouxesse alguma coisa de bom para a nossa cidade, que tal como o Sr Cera, considero mal aproveitada, no entanto, eu sei que não conseguiria fazer melhor. A questão é apenas uma, efectivamente não existe alternativa, pois essas quatro que diz existir são muito piores que a actualmente existente. Se o seu voto nunca foi dado ou pelo contrário foi, a quem lidera a autarquia local, é algo que não me importa nada, a verdade é que nesse “ajuntamento” de pessoas,nada de novo se viu, nada de novo saiu… Mas também estranho seria se assim não fosse. Gosto de ler essas coisas que escreve. Aguardo uma candidatura sua!
A Sofia Salvador não me conhece. Talvez devido ao meu trabalho diário e às actividades nas Caldas às quais estive ligado – Tauromaquia, Desporto, Eventos de animação nocturna – conheço muita gente, mas nunca ouvi falar de nenhuma Sofia Salvador, nem isso é minimamente importante.
No que se refere a candidaturas, já lhe respondi anteriormente : Não tenho como objectivos de vida cargos políticos. Ou será que para si essa condicionante é obrigatória para qualquer cidadão analisar a qualidade de gestão autárquica ?
Quanto a alternativas, falei em quatro sim. E quem lhe garante que não fariam melhor ? Alguma dessas alternativas já esteve no poder ? Ou acha que só pelo facto de estar a mesma há 30 anos, terá que obrigatoriamente manter-se mais 30 ??? Livra !
Relativamente ao “ajuntamento” a que se refere, esteve lá ? Já promoveu algo melhor ? Pelo que afirmou, considera a cidade mal aproveitada… Então qual a sua iniciativa para contrariar esse problema ?
Concluindo duma vez por todas este assunto, cada pessoa é LIVRE de manifestar a sua opinião. Como caldense não estou minimamente satisfeito com a gestão que tem tido ao longo de 3 décadas. O potencial do concelho é enorme. No entanto se a maioria está satisfeita, aceito e respeito isso sem o minimo problema. O importante é o bem-estar geral das populações. Deve ser esse o objectivo fundamental da gestão política e nunca a simples manutenção de poder por parte de um só partido.
Sr Cera, nem todos nós somos tão conhecidos como o resto da população. Sim, sei que esteve ligado à Tauromaquia e ao desporto, se não me engano ao Rugby, bem como a atividades de entretenimento noturno. Ok, o Sr. não tem como objetivos vir a exercer um cargo politico, mas já alguma vez, foi a uma Assembleia Municipal, expor as suas ideias, não todas, mas pelo menos uma e dar ao concelho a hipótese de melhorar?
Como lhe disse nos comentários anterior, não tenho melhores opções para as Caldas mesmo achando que podia ser melhor aproveitada, e conhecendo as pessoas que estiveram nesse “ajuntamento” não lhes reconheço qualquer feito que os tornem dignos de confiança política para fazerem algo melhor. Isto porque é muito bonito, dizer que fazemos isto ou aquilo, mas lá, as coisas são diferentes. O Sr. Cera, certamente conhece pessoas que se recordam da cidade antes destes últimos 30 anos, e o que lhe dizem essas pessoas? Que estava melhor? Que era mais bem aproveitada? É que mesmo achando que muito mais podia ser feito, segundo informações que fui recolhendo, nunca ninguém trabalhou tanto em função desta cidade. Quanto ao sermos livres, sim somos, a verdade é que quando participamos em determinados eventos, “ajuntamentos”, ou qualquer outra coisa temos de sair com ideias novas, responsáveis e temos de as partilhar! Não podemos apenas dizer que isto está mal, se eu lá estivesse fazia, e por ai em diante! É preciso muito mais que isso. E mais uma vez reforço, eu mesmo achando que poderia ser feito mais, não sei como o fazer.
Sabe Sr. Cera, falar é tão fácil!!!