
Na noite de 15 de Novembro realizou-se nova assembleia de freguesia para escolher o executivo de S. Martinho do Porto, mas o desfecho foi o mesmo das últimas duas sessões: não houve consenso e a Junta continua em gestão corrente. Em termos práticos esta assembleia foi uma réplica das anteriores, mas durou ainda menos tempo – quatro minutos – e não houve discussões.
A Junta de São Martinho do Porto continua em gestão corrente porque não há consenso entre os eleitos em relação à formação do executivo. A Assembleia de Freguesia que teve lugar a 15 de Novembro voltou a atrair muitos fregueses, mas desta vez não houve gritos nem discussões. Em quatro minutos os trabalhos abriram e fecharam, ficando tudo na mesma.
Joaquim Clérigo, que encabeça o movimento Força Viva (o mais votado) e que há oito anos preside aos destinos da freguesia, apresentou o primeiro nome da sua lista – Maria da Conceição Vieira Pinto -, e distribuiu os boletins de voto pelos eleitos. O resultado foi que cinco dos nove elementos da Assembleia de Freguesia votaram contra o nome apresentado e quatro votaram a favor. Apesar de o voto ter sido secreto, é fácil de supor que PSD (quatro) e PS (um) votaram contra e que os quatro elementos do Força Viva votaram a favor.
Sem mais delongas, Joaquim Clérigo arrumou a pasta e anunciou que estava terminada a sessão e que seria anunciada nova assembleia no site da Junta. Com a sala em silêncio, o presidente retirou-se.
Mas apesar de não ter havido discussões, cá fora houve muitos comentários. “Já tinha visto este episódio”, “podem ser adversários e não inimigos” ou “nem deu para aquecer a cadeira” foram algumas das frases ouvidas.
Cheila Carneiro, natural da terra, disse que “é preocupante” o facto de S. Martinho estar sem executivo um mês e meio depois das eleições porque a terra assim estagna”. Acrescenta que não sabe como se vai resolver a situação, “mas gostava que as assembleias não fossem um medidor de órgãos genitais”.
João Hermano, de S. Martinho do Porto, considera que o arrastamento desta situação é “decorrente da postura” de Joaquim Clérigo e que provavelmente este caso só se vai resolver com eleições intercalares dentro de seis meses. “Quanto é que custa organizar um novo acto eleitoral e o adiamento dos orçamentos?” questionou João Hermano, acrescentando que “S. Martinho do Porto merece ter mais dinâmica e não ter estes atrasos”. Na sua óptica, a solução passa por Joaquim Clérigo se manter como presidente, mas cedendo mais espaço à oposição.






























