Assembleia de Freguesia de Alfeizerão volta a debater as principais carências da freguesia

José Machado quis saber em que situação se encontra a postura de trânsito e leu uma carta que lhe foi entregue por uma residente na rua do Relêgo, que aponta os vários acidentes registados nesta rua devido ao excesso de velocidade praticado pela maioria dos condutores.
A autarquia tem conhecimento destes casos e as pessoas que ali habitam sugerem que sejam colocadas lombas para resolver esta questão, que não é de hoje.
Adalberto Pereira falou nos passeios, que nunca foram feitos na rua Padre João Matos Vieira, o que torna difícil e perigosa a passagem dos peões. E perguntou quando será rebocada a ponte velha, perto da Casa do Pão de Ló. Referiu-se também à iluminação deficiente na rua 25 de Abril.
Manuel J. Capinha reclamou pela falta de limpeza das valetas na Cadarroeira e perguntou se o projecto da rotunda da A8 vai demorar. Quis também saber em que situação está a promessa de realizar uma Mostra do Pão de Ló, evento que constava do programa eleitoral do PSD.
Mauro Vardasca e Margarida Lourenço intervieram para apresentar questões ligadas ao Casal Pardo e Vale de Maceira, que na maioria já são conhecidos.
O presidente da Assembleia de Freguesia, José Luis M. Castro, explicou que o atraso na realização desta sessão se deveu a problemas de saúde de um familiar, aliado às suas actividades profissionais que exerce em Lisboa.
“Foram condicionantes que me obrigaram a adiar esta assembleia, mas também quero dizer que não somos profissionais, pelo que tem de haver um pouco de bom senso e compreensão para estas situações”, disse.
José Luis de Castro aproveitou a ocasião para prestar urna homenagem a Gonçalves Sapinho, falecido recentemente,
Dizendo que este “era uma pessoa que conheci bem e que considerou sempre Alfeizerão”. Pediu para que ficasse em acta um voto de pesar em memória daquele autarca.

Natividade Marques responde

Natividade Marques, presidente da Junta de Freguesia, informou que a obra do Centro Escolar terá o projecto concluído no final deste ano, seguindo-se a candidatura ao QREN. “Esperamos que a construção avance durante 2012”, disse.
Quanto à postura de trânsito foi marcada nova reunião a fim de resolver esta questão. Sobre a rua do Relêgo disse que iria tentar encontrar medidas para solucionar a situação.
Sobre os passeios da rua Padre João Matos Vieira, disse que talvez se possa fazer algo na altura em que será levantado o passeio na rua 25 de Abril para corrigir o encaminhamento das águas pluviais.
Em relação à estrada aberta abaixo da Pousada, reconheceu que o trabalho não foi bem executado devido à grande quantidade de mato existente, que deu origem ao erro de um novo percurso.
Relativamente à Mostra do Pão de Ló interveio o presidente da mesa, proprietário da Casa do Pão de Ló dizendo que seria conveniente mobilizar todas as casas que fabricam este doce, tendo Natividade Marques apontado a próxima Páscoa para a realização do certame.

Freguesia não será extinta

Acerca da nova divisão administrativa proposta pelo governo, a presidente da Junta afirmou que está crente de que este plano é para fazer, embora haja quem diga que não. “Há realmente várias freguesias em risco de extinção, mas nós não estamos nesse número porque cumprimos todos os critérios exigidos no Livro Verde. Neste momento ainda é cedo para sabermos que a autarquia vai ser agregada à nossa”, disse.

As reclamações do público

Dois residentes em Vale de Maceira reclamaram, mais uma vez, da falta de saneamento básico nesta localidade o que afecta grande parte da população.  “Há muita gente que canalizou os esgotos para a tubagem das águas pluviais e
todos sabem disso, mas ninguém responsável tomou providências”, afirmaram.
Também lembraram a situação do lavadouro, que está completamente abandonado.
De moradores de Alfeizerão foi pedida uma intervenção rápida na estrada dos Casais Norte para que no Inverno não apareça a habitual lagoa. E foi sugerida a construção de uma rotunda na rua Joaquim Sérgio da Silva para evitar acidentes.
Sobre estes pontos a presidente informou que há um projecto para efectuar a obra do saneamento em Vale de Maceira, mas não há o respectivo financiamento. “Vamos pressionar o Município nesse sentido”, disse.
Quanto ao lavadouro, Natividade Marques concorda que está bastante degradado, que a culpa é da Junta, mas que a população também nada tem feito.

T. Antunes