
Fundador do Cineclube Vila-franquense e da Associação Portuguesa de Tripulantes de Cabine, foi comissário de bordo na TAP e começou por escrever nas revistas «Voo» e «Aérius». Sobre os «Amigos» vejamos um excerto: «A amizade não precisa ser apregoada. A amizade pratica-se até ao estoicismo, se for necessário, mas sem grandes conversas ou explicações. Os verdadeiros amigos não precisam de agradecimentos, reconhecimentos ou honrarias pelo facto de terem ajudado ou estado presentes quando foi preciso, porque a amizade é isso, é disponibilidade, é solidariedade, é altruísmo, é estar. A amizade, ao contrário da família, é uma escolha nossa. Nesse sentido é incompatível com conceitos cínicos expressos em frases tipo: «faço um esforço enorme para ser amigo dela» ou «o Dr. Fulano ou o Eng. Sicrano que faz o favor de ser meu amigo» ou então o cúmulo «convém-me manter por enquanto esta amizade». Quem assim trata a amizade e a gere em permanente esforço e em função de favores ou conveniências, pode ter uma agenda cheia de nomes na secção dos amigos mas está equivocado».
(Editora: Tecto de Nuvens, Capa: Renata Morais/Florbela Anjos)
José do Carmo Francisco
































