1- Na mesma semana em que estive na Raul Proença a apresentar a uma turma atenta uma aplicação sobre Água e a falar das nossas termas e de como estas são fundamentais para a continuidade de Caldas e sobre a importância dos povos não perderem a sua alma e a dimensão das suas origens e ideia do seu futuro.
2- Pois nessa mesma semana estive em Mértola no Festival Islâmico, que no quadro da redescoberta do passado da vila Porto do Mediterrâneo, das suas memórias vivas nas pedras da mesma e na monumentalidade que lhe dá hoje vida e do passado lhe estrutura o futuro, pese a hoje miserável gestão municipal, mas onde, apesar dessa, a Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) e o Campo Arqueológico de Mértola (CAM) são bases sólidas para a cidadania e o seu desenvolvimento continuarem a pontuar a vida do concelho.
3- E estive também na XIX festa ibérica da Olaria e do barro em S. Pedro do Corval, onde apesar das vicissitudes a cerâmica continua a resistir e onde assisti a uma inspiradora intervenção de José Luís Almeida Silva sobre as opções que se podem articular para a manutenção e sustentabilidade dessa indústria e também sobre os desafios e os riscos de projectos de normalização europeus, por parte de Pepe Sereno num colóquio agradável e onde se colocaram questões do maior interesse.
A Câmara Municipal aqui (curiosamente da mesma cor da in-digestão de Mértola, o que prova que não são os partidos que fazem a gestão autárquica!) mostrou qualidade e empenho, assim como participação.
4- Pensei em Caldas nestes momentos. Na falta que faz um eixo politico e estratégico que envolva a comunidade no processo de gestão e de construção de futuro. Na necessidade de ultrapassar clubismos partidários e criar eixos de cidadania, também para intervenção na politica, de uma forma séria.
Mas este mal, estas lassitude e mornitude, continuam a dominar Caldas e o país…
António Eloy
































