Uma excepcional edição da Gazeta das Caldas

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Hoje (há uma ou duas semanas) a Gazeta das Caldas (semanário regional) está um espectáculo, a começar pelo editorial e a continuar num filme pessoalizado, regional da crise.
Excertos:
– “Passos Coelho, qual neo-Kim il – Sung de direita… decidiu castigar O seu povo” e “provocar o empobrecimento da maioria dos seus súbditos”.
– O filme do sentimento de personalidades e da população, da região, diz quase tudo.
A maioria dos entrevistados é contra o Governo e as suas medidas; os do clube PSD assobiam para o lado; o presidente da edilidade, gaba-se a si próprio e às suas “unhas de fome” à frente do município. E há um, que não me parecendo ser do clube dominante, defende o “tacho”. Quase tudo como na farmácia, ladeado da notícia da manif, nas Caldas, para aquele sábado, pelas 15h00, convocada por 12 personalidades,  de todos os quadrantes, começando por um chefe de cozinha.
Quase igual a isto tudo, nas mesmas páginas vem um anúncio de um prédio no Largo João de Deus de dois andares, por 75.000 euros!
Nota: Estive na manifestação de dia 15, nas Caldas, com o meu cão a manifestarmo-nos. O cão, com um cartaz, fez sucesso (pena foi que a Gazeta dele, nessas vestes e condições, não tivesse publicado uma foto, o que, apesar dos vossos critérios jornalísticos, que respeito, solicito).
No passado dia 21, um grupo de cidadãos caldenses, à volta de 15, alugou uma pequena camioneta, de transportes públicos e deslocou-se a Lisboa, à concentração de protesto, convocada a propósito do Conselho de Estado fazendo questão de bem marcar que éramos das Caldas da Rainha.
O meu cão e eu aparecemos nas televisões (ou na televisão) e alguma imprensa relatou o facto. O jornal “i” dizia assim: “Pessoas e cães, como o Nico – número de cãotribuinte  nº 6969 – que chegou das Caldas da Rainha, onde já tinha feito sucesso no último fim-de-semana.  Nico, ou seja o dono do Nico, Fernando Rocha,  queria que Cavaco Silva deixasse que “a pessoa canina” fizesse parte do Conselho de Estado para “pôr em ordem coelhos, portas e janelas”.

Fernando Rocha

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