Uma candidatura perdida

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Mais uma.

A) Sou contra todo o sistema eleitoral autárquico. Um grande absurdo. Eleição de órgãos meramente administrativos, como as Juntas, ex-paróquias. Eleição de dois órgãos municipais, um sem poderes e alfobre de sinecuras, a Assembleia Municipal e outro de governo, com maioria e oposição a gerirem o órgão, e com diminuto controle efectivo da função. Dito isto, e mencionando que julgo absurdo as eleições autárquicas serem disputadas por partidos políticos (qual é a divergência ideológica entre eles nesta matéria?), não deixo de intervir e já exerci funções em diversos municípios onde tenho raízes.

B) Nas Caldas havia condições para, apesar disso tudo, surgir uma lista de cidadãos que aspirasse a uma vereação.
Ideias, projectos e capacidade de implementar uma lógica de transparência no exercício da função, baseadas no estudo e trabalho que o Jorge Mangorrinha, entre outros, tem vindo a realizar na área do urbanismo, desenho da cidade e termalismo, e nas iniciativas cidadãs, sem o envolvimento das estruturas como é óbvio!, tem vindo a desenvolver, seria possível, teria sido possível, constituir uma lista de alternativa, que inovasse nos métodos, nos procedimentos, nas regras e na polis.

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O programa já tinha um esboço, firme e estruturado, baseado em grande parte no trabalho continuado do Jorge, mas com outros e diferentes contributos e julgo que havendo assumpção do protagonista, outras diversas e empenhadas participações se poderiam gerar. Novas formas de campanha, inovação na lógica de comunicação, aproveitamento de dinâmicas internacionais, mas também do melhor que temos já estavam em perspectiva.

C) Mas para haver candidatura tem que haver confiança do candidato. Confiança pessoal, que desde logo julgo existir no Jorge Mangorrinha.Só que essa confiança não lhe inunda a cidade, que ele julga estar adormecida na sua mornitude, e onde não vê capacidades, iniciativas e massa crÍtica para avançar com uma candidatura.
Como noutros locais onde procurei desenvolver alternativas por aqui me fico, exercendo o meu direito de opinião, crítica e sabendo, por experiência própria, social e profissional, que: não há ventos que não prestem nem marés que não convenham.

António Eloy

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