
Esta escolha é coincidente com a opinião de Jorge Luís Borges, autor de La muerte y la brújula, que em 1979 afirmou: «Esqueceu-se a origem intelectual da narrativa policial. Esta ainda se mantém na Inglaterra onde ainda se escrevem romances muito tranquilos». Como convite à leitura fica um excerto de Borrego para o jantar de Roald Dahl (1916-1990). Mary Maloney esperava o marido mas não esperava a anúncio de um divórcio estando ela grávida de seis meses: Eu sei que não é uma boa altura para te estar a contar isto mas é que eu simplesmente não tinha outro remédio. Claro que te vou dar dinheiro e tratar de tudo para que fiques bem. Mas acho que não será preciso fazer muito barulho sobre isto. Espero bem que não. Não seria bom para o meu trabalho. Mary bateu com a perna de borrego na cabeça do polícia que achava uma vergonha continuar a andar todo o dia a pé depois de ter atingido uma categoria superior. Foi o mesmo que bater-lhe na cabeça com um taco de aço.
(Editora: Bonecos Rebeldes, Capa: Fernando Martins, Revisão: António Bárcia)
José do Carmo Francisco
































