
A segunda parte é uma viagem dentro da Ilha Terceira. Passa pelo teatro angrense («casa dos espíritos: o actor treme / pelas palavras que não tem / e pelo rosto que não é seu») e pela oração na rua («a casa do divino está pintada de fresco / como primavera coroada de encanto») mas desagua em duas referências culturais maiores: António Dacosta («só para destoar dacosta abria / as gavetas da memória / e retirava verdes e mais verdes / para pintar o rosto de cidade») e Vitorino Nemésio: «mas isto era antes das tias / na varanda da casa / com as suas mantilhas e terços de lágrimas / ouvirem anjos deslumbrantes a tocar trindades / nas torres da matriz».
(Editora: BLU, Capa: Rui Melo, Design: Vítor Melo, Foto: Eduardo B. Pinto, Apoio: Governo dos Açores, Junta de Freguesia do Raminho))
José do Carmo Francisco
Um Livro Por Semana – «Andanças de pedra e cal» de Álamo Oliveira
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