Sabe-se que a Liga dos Combatentes foi criada após a I Guerra Mundial, a Grande Guerra, com o objetivo geral de apoiar as famílias dos combatentes portugueses, num contexto em que o estado social estava longe de existir. Os primeiros sócios surgem, após esse grande conflito internacional.
No início dos anos 1960, já tinham passado mais de 40 anos do Armistício, eclode uma Guerra que nos acompanha durante mais de uma década, em diversos Teatros de Operações, vindo os seus intervenientes a tornar-se na maior fonte de sócios da Liga da atualidade.
Fazendo uma breve análise estatística dos sócios ativos (os que pagam quotas) do Núcleo das Caldas, verificam-se dados interessantes no quadro da esquerda.
No quadro da direita, que representa os associados por antiguidade de sócio e o quadro da esquerda representa os sócios por idade.
Pode assim constatar-se que 79% dos sócios ativos têm entre 60 e 80 anos de idade e apenas 10% têm menos de 60 anos. Por outro lado, 73% dos sócios inscreveram-se na Liga há menos de 20 anos. Considerando que o conflito ultramarino terminou há 47 anos, poderá afirmar-se, pelo menos para a geração ultramarina, que a motivação de pertencer à Liga surgiu com um atraso de quase 30 anos.
Se pensarmos agora em sócios oriundos dos novos conflitos, vemos então que a percentagem ronda os 8% (muito aquém do desejável para garantir a sustentabilidade da instituição que faz 100 anos este ano). Curiosamente, esse valor está próximo da percentagem de sócios com mais de 30 anos de associado – 11%, situação que nos induz reflexões adicionais.
Se os combatentes dos novos conflitos levarem os mesmos 30 anos a sentirem motivação para se associarem à Liga, esta será a década da nova mudança de paradigma (como aconteceu relativamente aos Combatentes da Grande Guerra). Mudança essa que já é uma realidade na composição dos corpos sociais dos Núcleos.
Aproveita-se assim para exortar os Combatentes mais novos a contrariarem a estatística e inscreverem-se como nossos associados, e assim pertencerem a uma instituição ímpar em Portugal, que representa “Todos os Combatentes”, que serviram a “Pátria”.
“SER SÓCIO… É UM DEVER MORAL” ■
A Direção do Núcleo das
Caldas da Rainha da
Liga dos Combatentes

































