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Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Caldas da Rainha enviaram-me, no passado dia 12 de Dezembro, a factura mensal correspondente a esse mês. Soube disso, por minha iniciativa, porque telefonei para esse serviço para saber se havia alguma factura a pagamento. Havia essa, com a data-limite de pagamento de 27 de Dezembro. Foi paga hoje, dia 2 de Janeiro, com base nas informações telefónicas porque não a recebi até agora. Espero que desse atraso não venha qualquer penalização.
Duvido, entretanto, de que venha a receber essa factura. Porque isso seria uma confissão da incompetência e do desprezo a que essa empresa vota o “serviço público”. Talvez prefiram deitá-la fora ou destruí-la, como muita da correspondência irremediavelmente desactualizada.
Acontece que não entra nesta casa correspondência (água, electricidade, seguros, bancos, etc.) desde o dia 15 de Dezembro de 2017. Estamos a falar, com início no dia 18, segunda-feira, em 10 dias “úteis” com dois dias de greve anunciada pelo meio, nos dias 21 e 22. Greve que, note-se, é dirigida objectivamente contra a população, contra os clientes da empresa CTT que nem sequer têm alternativa.
A única correspondência que parece “furar” estas duas semanas de dias inúteis parecem ter sido os dois jornais regionais que se publicam em Caldas da Rainha. Acontece, porém, que chegaram (na semana anterior e hoje) com uma semana de atraso. Isto é, objectivamente, um boicote à liberdade de imprensa: qual é a relevância desses jornais uma semana depois? Vale a pena estar a assiná-los para chegarem desactualizados como se viessem de um qualquer país estrangeiro?! Não.
A empresa CTT e o seu pessoal não respeitam os cidadãos, não respeitam a imprensa e os jornalistas. Gostaria de saber se não se sentem ofendidos com esta postura da empresa CTT e do seu pessoal.
Isto não é “serviço público” nenhum. Já assim era antes da privatização e continua a sê-lo. E pode-se ver quem é que continua a mandar nessa empresa e a prejudicar o público.
Pedro Garcia Rosado
NR – Gazeta das Caldas tem várias vezes vindo a denunciar os atrasos na distribuição do correio, que tanto tem prejudicado este jornal devido ao mau serviço que assim é prestado aos nossos assinantes.
Em relação à carta deste leitor, quebrámos desta vez o hábito de confrontar a entidade visada, limitando-nos a publicá-la sem qualquer contraditório. Afinal os CTT, tal como se atrasam na entrega das cartas, também não nos costumam responder.
