Zé Povinho é um adepto incondicional dos acordos de cooperação e das pontes, contra os muros que dividem pessoas, comunidades e países, desde que sejam respeitadas as suas especificidades e não se anulem as diferenças, com os benefícios repartidos equitativamente.
A iniciativa estabelecida entre a OesteCIM e a CIM Algarve de geminarem as duas regiões no 30º aniversário da constituição do agrupamento de municípios do Oeste, foi um ponto positivo, caso venha a ser uma verdadeira ponte de entendimento e de colaboração.
Para mais, na cerimónia, o secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel (e também ex-presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras), aventou a ideia de constituir uma nova região no país apenas com as subregiões do Vale do Tejo e Oeste, que sairiam definitivamente da Região de Lisboa (por já não poderem aceder aos fundos estruturais) e da tosca repartição e irracional partilha entre a Região Centro (Oeste e Médio Tejo) e a Região do Alentejo (Lezíria do Tejo).
Espera-se que a experiência da colaboração com a Região do Algarve crie conhecimento e massa crítica, para trazer para o Oeste a experiência que os concelhos do sul do país têm na promoção e desenvolvimento coerente do seu território.
Estão, pois, de parabéns a OesteCIM e CIM Algarve (também designada por AMAL – Associação de Municípios do Algarve), por conseguirem ultrapassar temores e atavismos e subirem para um novo grau de ligação de territórios mais distantes e com realidades diferentes para prosseguir objectivos comuns.
Um exemplo simples que a CIMOeste devia tomar de imediato com a congénere do Algarve, a título experimental, seria na promoção turística do Oeste (aproveitando as sinergias), num momento em que este sector se constitui como a principal arma de crescimento, permitindo a apresentação de cada município com as suas actividades e produtos. O que se tem passado nos últimos anos é que o Oeste desaparece entre a centena de concelhos da Região de Turismo do Centro.
Andaram nos Estados Unidos na última meia década atrás das contas de email da ex-secretária de Estado e candidata às eleições, Hillary Clinton, com razão ou não, mas que no final apenas serviu para alimentar negativamente a sua campanha eleitoral.
Depois de eleito o seu adversário no final do ano passado, não há dia em que não se descubram questões muitos mais graves junto do Presidente eleito, Donald Trump.
Esta semana as reeiteradas suspeitas da intervenção da Rússia na campanha eleitoral americana, facto quase inacreditável para qualquer observador no último século, parecem cada vez mais confirmar-se documentalmente.
O New York Times descobriu que o filho do Presidente americano, Trump Júnior, aceitou de uma advogada russa informação disponibilizada pelos serviços secretos russos para combater a candidatura de Clinton.
O próprio Trump Júnior já veio confirmar o encontro na Torre Trump, com a presença de outros qualificados membros da família e da campanha, desvalorizando a sua importância e não atribuindo valor a esse facto, limitando-se a relacioná-lo com a indústria musical e os concurso de Miss Mundo.
Muitos observadores qualificados acham que esta é a primeira prova factual, que não foi desmentida, da ligação entre a candidatura de Trump e o Kremlin.
Zé Povinho não sabe como esta nova história vai terminar. Pelos vistos só o domínio dos republicanos no Senado e na Câmara dos Representantes pode adiar por algum tempo (até novas eleições ou à desafecção de alguns membros daquele partido) que Trump seja confrontado derradeiramente no lugar que está. De qualquer forma Trump Júnior não pode encarar de forma desportiva estas atitudes que num país como os EUA tinha até agora uma gravidade total.

































