Nuno Santos é professor no Instituto Politécnico de Leiria, mas também é músico e desportista. Um dia, a meio de uma viagem pela América do Sul tiraram-lhe uma fotografia a tocar violino no meio da selva amazónica e daí nasceu um projecto. “Um violino nos locais mais improváveis” é o nome da iniciativa que já levou este ilustre e um pouco excêntrico alcobacense a tocar no cume de um vulcão, no topo de uma montanha e, imagine-se, enquanto surfa uma onda gigante da Nazaré.
Agora pretende bater um recorde do Guiness, tocando enquanto surfa uma onda entre 10 e 15 metros. E quer fazê-lo com equipamentos, dentro do possível, exclusivamente nacionais, para mostrar que o que é “português é bom”.
Zé Povinho aplaude quem tem iniciativa e visão para, num mercado global, marcar pela diferença e por isso não fica indiferente ao projecto de Nuno Santos.
No futuro, o alcobacense pretende tocar no meio de golfinhos, baleias e até tubarões. Mas o principal desafio é fazer ecoar o violino no topo das maiores montanhas dos cinco continentes e enquanto surfa as maiores ondas dos cinco oceanos.
“Um violino nos locais mais improváveis” é a aplicação dos gostos e conhecimentos deste professor de Marketing Desportivo e Zé Povinho, ciente dos sacrifícios que tem feito e dos riscos que tem corrido, desejando-lhe as maiores felicidades e saúda o seu arrojo, bem como o respeito que mostra pela natureza.

A história de crise na Caixa Geral de Depósitos tão depressa parece uma farsa como uma tragédia, que devia envergonhar todos os responsáveis políticos e financeiros portugueses que estiveram envolvidos directa ou indirectamente.
Se pensarmos nos episódios mais recentes que têm aproximadamente um ano, quando foi detectada ou anunciada publicamente a enormidade das imparidades que este banco estatal possuía, os responsáveis são conhecidos e estão ainda na ribalta.
Se formos mais longe, e pensarmos na última década, aí o número e variedade dos responsáveis pelo estado a que chegou este Banco, o tema já atinge os principais partidos do chamado arco governamental, que muitas vezes apenas se preocupavam com a colocação dos seus emissários na gestão do banco e da servidão a certos operadores financeiros do país, que muitas vezes não mereciam este qualificativo.
As cenas dos últimos capítulos que levaram à saída inopinada de vários elementos do Conselho de Administração, entre os quais o seu presidente Dr. António Domingues, por razões de transparência da situação fiscal e patrimonial, não augurava nada de bom para estes gestores no maior banco português.
Resolvido este problema com a indicação para aquele cargo do anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, parecia que o assunto estava finalmente resolvido e que se anunciavam as etapas decisivas para a recapitalização da CGD.
Mas a eficiência e a rapidez nas decisões do Banco Central Europeu também não parecem ajudar e com os atrasos deste, surgiu nova questiúncula que o Presidente da CGD de saída, dr. António Domingues, utilizou para uma vez mais fazer saltar as diatribes para as páginas dos jornais.
Simultaneamente o ministro das Finanças, o professor Mário Centeno, parece uma vez mais ter tratado este assunto com os pés. Em vez de tratar do assunto com formalidade e diligência, usou o típico improviso português, para adiar o assunto até ao último momento e depois tentou resolvê-lo, através de artifícios que no caso são de evitar.
Isso serviu de trunfo ao dr. António Domingues que assim serviu fria sua vingança e criou uma nova crise que saltou para a comunicação social e serviu de deleite para os doutos comentadores de tudo e de nada.
Para cargos principescamente bem pagos, mesmo tendo em atenção o elevado grau de responsabilidade que implicam, estas soluções atamancadas parecem inacreditáveis e que deviam merecer uma boa reflexão sobre tudo o que de errado que foi feito nos últimos meses.
Por tudo isto, com mais ou menos culpa, Zé Povinho acha que tanto o Dr. Domingues como o professor Centeno, por muito inteligentes e competentes que sejam, merecem uma nova reprimenda e que no futuro não se voltem a repetir acontecimentos como estes.
































