Zé Povinho desconfiou da forma aparente ou realmente populista como o professor Marcelo Rebelo de Sousa fez a sua campanha eleitoral para a Presidência da República, temendo que possa servir de exemplo para qualquer figura popularucha da televisão ensaiar (que o têm feito no Brasil) uma carreira política.
Contudo, depois dos mandatos cinzentos do seu antecessor – que deixou o cargo à margem de uma boa parte do eleitorado que não lhe perdoou alguns deslizes como o da insuficiência da sua pensão -, o actual residente de Belém tem sido uma personagem refrescante e mobilizadora dos portugueses, que continuam a enfrentar uma crise que se arrasta de modo mais profundo há quase uma década.
O povo, e mesmo os turistas estrangeiros, ficam deslumbrados com o seu à vontade e a simpatia com que trata as pessoas e lhes permite alguma intimidade, especialmente para permitir a captação das crónicas selfies, a que ele não se recusa de nenhuma forma.
A sua presença no Folio em Óbidos, primeiro na quarta-feira porque temia não poder cumprir o compromisso de participar num debate no domingo, e depois a sua vinda pela segunda vez no dia do encerramento do Festival, conduzindo o seu próprio veículo descaracterizado, mostra uma nova forma de exercer a mais alta magistratura do país.
Também a forma como conduziu a sua intervenção sobre um tema difícil para quem está num cargo como o seu – a Utopia – e como se dispôs a responder sem reservas às perguntas do público, mostra uma nova forma de fazer política em Portugal, que como disse, faz lembrar Mário Soares e Jorge Sampaio.
Provavelmente, esta prática inovadora e aberta do professor Marcelo, bem como a relação que mantém com o governo investido nas condições difíceis que são conhecidas, pode reconciliar a população com o poder político e fazer diminuir a conflitualidade, por vezes existente, em assuntos de pouca importância.
Zé Povinho acha que é inevitável numa democracia o conflito, a contradição e as escolhas alternativas, mas acha igualmente, como o Presidente da República exprimiu em Óbidos, que há zonas de convergência que podem ajudar o país a evoluir e a ultrapassar certas dificuldades.
Por tudo isto, Zé Povinho mostra a sua admiração pela acção do professor Marcelo Rebelo de Sousa e só espera que não se venha a azedar esta prática que no momento presente agrada tanto aos portugueses.
O nojento Duterte, Presidente das Filipinas, afirmou recentemente que havia 3 milhões de toxicodependentes no seu país, os quais teria o maior prazer em massacrar, tal como Hitler massacrou três milhões de judeus (em rigor essa cifra foi bem maior).
O nojento Duterte chamou obscenidades ao Presidente Obama por este ter criticado as execuções sumárias perpetradas nas Filipinas que tiveram como alvo, não só alegados traficantes de droga, como também os seus opositores políticos.
O nojento Duterte foi o Presidente das Filipinas que chamou “filho da puta” ao Papa por este ter provocado engarrafamentos no trânsito durante a visita que o Santo Padre fez áquele país.
O nojento Duterte, quando era presidente de Davao, mandou matar suspeitos através de execuções sumárias nas quais ele próprio participou.
As Filipinas ficam no outro lado do planeta, mas há uns quantos nojentos na própria União Europeia, nomeadamente na Hungria e na Polónia, que também têm uns discursos estranhamente xenófobos e criminosos que deveriam merecer, igualmente, a condenação de toda a comunidade internacional que acredita na Democracia e nos Direitos Humanos.
Mas parece que anda tudo um bocado amorfo e que este tipo de nojices populistas já só indigna muito poucos. Zé Povinho é, seguramente, um desses poucos. E receia que, tal como na Europa dos anos 30 em que poucas pessoas decentes souberam impor-se perante a ascensão de um monstro, também agora algo de muito grave esteja para acontecer com o aparecimentos destes nojentos, de que Duterte é expoente máximo.
































