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Patrícia Carmo é uma jovem caldense de 17 anos que foi notícia por ter obtido o melhor resultado de sempre alcançado por portugueses no Campeonato do Mundo Latinas Sub-21, de dança desportiva ou popularmente conhecida por dança de salão.
Agora nos Campeonatos Nacionais que decorreram nas Caldas da Rainha, no passado fim de semana, a jovem caldense dançou com o seu par, Miguel Fernandes, no escalão Adultos Open, que está acima da sua categoria. Competindo com 30 pares de todo o país, os dois jovens obtiveram o 3º lugar, subindo ao pódio.
Há cinco anos que Patrícia Carmo pratica esta modalidade pouco habitual em meios como as Caldas da Rainha, onde não há academias de dança desportiva, sendo actualmente atleta dos Alunos de Apolo, uma das colectividades mais conceituadas na modalidade.
Mas Zé Povinho ainda ficou mais impressionado pelo esforço que esta jovem tem de desenvolver, uma vez que o seu par é natural do Porto, sendo obrigados ambos a deslocar-se a uma cidade que fica a “meio caminho” para treinarem três a quatro vezes por semana.
Isto tudo, não querendo perder o estudo, o que a obriga a um esforço enorme para a sua idade, bastando-lhe os objectivos que coloca para o seu futuro: fazer uma carreira da dança e compatibilizá-la com a profissão de fisioterapeuta do desporto.
Quando se vê gente que tem ao seu alcance facilidades de todo o tipo e pouco fazem, mais valor tem a Patrícia do Carmo, que contra as dificuldades que a distância coloca, não desiste e mostra um optimismo e uma força invulgares.
Boa sorte e que no futuro possa competir nas provas internacionais de maior prestígio, continuando a trazer para Portugal alguns títulos numa modalidade em que o país nunca teve grande projecção.
Pode-se argumentar que a transparência de um município não depende exclusivamente da sua página da Internet. E que é sempre relativa a construção de indicadores que permitam aferir do grau de transparência de uma câmara municipal.
O grau de abertura para a informação aos munícipes de uma qualquer autarquia é sempre difícil de medir e depende de muitas variáveis que não se esgotam no seu site.
Mas posto isto, não deixa de ser uma tristeza – para não dizer vergonha – a posição que o município das Caldas da Rainha ocupa no ranking nacional do Índice de Transparência Municipal: 285º lugar num total de 308.
É demasiado mau. É um lugar humilhante para uma câmara que, ainda por cima, se arvora muitas vezes de promotora das novas tecnologias e que até estreou mupis («Mobiliário Urbano Para Informação») interactivos na cidade. Mas que não consegue ter um site claro, funcional e compreensível, que tenha disponível devidamente organizada informação relevante para os cidadãos.
Zé Povinho, ao ver este mau resultado – que já tem vindo a descer nos últimos anos – acha que das duas uma: ou a Câmara caldense não está, de facto, interessada em responder aos critérios hoje exigidos e mantém esta situação porque privilegia estar de “costas voltadas” para os cidadãos, ou anda por aí aselhice, desmazelo ou incompetência por não se conseguir apresentar um site em condições. É que até consta que há municípios que constroem (por vezes com adjudicação a empresas privadas) as suas páginas na Internet de acordo com os padrões do Índice de Transparência Municipal por forma a melhor ficarem colocadas no ranking.
Não haverá ninguém na Câmara das Caldas atento a isto?
