A Semana do Zé Povinho – 07/04/2017

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notícias das CaldasApesar de criado em 2001 o Serviço de Protecção Especial da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR só em 2006 foi implementado, tanto para  “vigiar, fiscalizar, e investigar todas as infrações” aos normativos legais de defesa da Natureza e do Ambiente, como igualmente para ter um papel pedagógico e prático na protecção e defesa da fauna e da flora face aos inúmeros problemas que ocorrem, como a Gazeta das Caldas conta na sua página dedicada aos animais.

É verdadeiramente inédito que uma força da GNR, mais destinada ao combate às infracções e ao crime, possa ter um conjunto de elementos que estão vocacionados para a protecção aos animais, de companhia, selvagens e em extinção, cumprindo uma missão de grande benevolência de recolha de animais errantes, feridos e vulneráveis.
Se se pensar que a linha SOS recebeu no ano passado 117 chamadas, significa que foi quase uma chamada em cada três dias para cumprir uma missão válida, que muitos dos cidadãos se recusam a fazer, por comodismo ou inércia.
Como os próprios referem, o seu dia a dia é passado entre acções de sensibilização, de vigilância e investigação, pelo que se valoriza e incentiva a sua missão, esperando que consigam combinar de forma positiva as várias componentes, servindo assim o conjunto dos cidadão da melhor forma.
Zé Povinho destaca o papel deste núcleo de protecção ambiental que está sedeado nas Caldas da Rainha e abrange os concelhos de Caldas, Óbidos, Bombarral, Peniche, Alcobaça, e Nazaré, e cujo trabalho já está a ser reconhecido pelas populações.

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notícias das CaldasCostuma dizer-se na brincadeira, quando uma equipa é mais agressiva, que “é canela até ao pescoço”. Mas era de todo evitável que os jogadores do Canelas 2010 adoptassem este dito à letra.
Zé Povinho tem um olhar atento sobre o desporto e não pode ficar indiferente ao que se passou este fim-de-semana no campo do Rio Tinto, onde um jogador do Canelas agrediu violentamente um árbitro. Uma situação tão má como aquela, que se repete vezes sem conta, tem que ser discutida um pouco por todo o lado, porque fere gravemente o espírito desportivo.
O pior de tudo é que a situação se arrasta. O clima de intimidação é tão forte que 12 das 13 primeiras equipas adversárias na primeira fase da Divisão de Elite da AF Porto preferiram perder por falta de comparência os jogos no campo do Canelas.
Mas isso não impediu alguns episódios de violência contra adversários e ameaças a árbitros e a seus familiares. Tudo isto enquanto o clube e as instâncias desportivas, nomeadamente a federação e a Associação de Futebol do Porto, fecham os olhos e deixam triunfar este clima de violência.
E agora que os adversários não podem faltar aos jogos por questões regulamentares, são os árbitros e as suas famílias os alvos da violência dos canelenses, seja ela física ou psicológica.
O caso assume tamanhas proporções que até a imprensa estrangeira já divulga um rol de imagens sobre a equipa composta por ultras dos Super Dragões que aterroriza os adversários em Portugal.
Zé Povinho pugna por um desporto limpo, sadio, capaz de transmitir valores sólidos aos jovens e por isso repudia fortemente toda esta conduta. Em episódios como estes, quem os pratica e quem os defende, ou os tenta encobrir, tem que ser punido de forma exemplar. Caso contrário, as instâncias do futebol estão a dizer claramente que a sua justiça fecha os olhos perante movimentos mafiosos que actuam sob um qualquer manto de protecção. E com isso está também a dizer aos jovens que há caminhos mais fáceis para ganhar do que o trabalho, o empenho e a exigência. E essa é precisamente a ideia que o desporto não pode transmitir de maneira alguma.

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