Não obstante o respeito e consideração que nutrimos pelo Vosso Jornal, não podemos deixar de comentar o título “Reforma autárquica não agrada a quase ninguém”, levando em conta que o presente titulo se encontra na primeira página da Vossa edição de 27 de Janeiro.
Sendo um titulo de primeira página, em que a saliência diz respeito aos recursos empregados nos elementos da página para atrair a atenção do leitor, não nos parece que o titulo usado tenha sido o mais “feliz”. Consideramos que este evento promovido pela AMAI, mas sob a organização de dois Movimentos Independentes do nosso Concelho, merecia mais, afinal, foi provavelmente o encontro mais participado a nível concelhio, sob uma temática actual e de grande importância. Foram afinal os Cidadãos Independentes, os “quase ninguém” que deram corpo a este debate. Para além da falta de referência a este facto no título, é no mínimo estranho que os movimentos MVC e MPN, não tenham sido referidos em qualquer parágrafo do corpo da notícia.
O valor informacional está relacionado com a significação que se queira dar a uma notícia e consideramos que a omissão daquela referência, mais do que o menosprezo pelos Independentes, minimiza os próprios participantes e não dá o devido relevo ao evento que pretende noticiar.
Mais se indica que, o referido título da notícia dá a entender que poucos são os que se interessarão pela discussão da reforma que se avizinha, o que não corresponde à verdade, como se pôde constatar pela elevada afluência de público ao fórum “Qual será a minha Freguesia?”.
A primazia da notícia deveria ser dada, em nosso entender, à discussão da reforma autárquica e ao apelo para a participação da sociedade civil, nessa mesma discussão e não a questões acessórias que, para mais, podem dar um sentido diferente ao que realmente se passa.
Acreditamos que a reforma autárquica interessa a todos, embora possam existir pontos de discordância quanto aos termos de aplicação, tendo sido esta ideia base que saiu do fórum realizado pelos três movimentos acima mencionados.
Maria Teresa Serrenho (Presidente do MVC)
João Martinho (Presidente do MPN)
































