Li com atenção o artigo publicado na primeira página da edição deste semanário de 30 de Agosto, assim como o artigo de 13 de Setembro de António Salvador ao abrigo do Direito de Resposta.
Desde o primeiro artigo que aguardo pela reacção do PSD, mas tal não aconteceu a menos que eu não tenha visto, levando-me por isso a protelar este comentário.
A firma familiar a que eu pertenço, ao fazer parte da Associação Comercial contribuiu para o interesse que me despertou este assunto. Independentemente do ponto de vista pessoal de António Salvador e/ou de outros que se sintam confundidos/ lesados com a associação ao PSD, preocupa-me muito mais e penso que a maioria dos associados concorda comigo, o bom funcionamento da Associação enquanto representante da nossa classe profissional, esmagada pelas “grandes superfícies”, pelos impostos, etc., etc.
Nós associados não temos sedes fiscais em paraísos fora do país, na nossa maioria trabalhamos tantas ou mais horas que os funcionários e rejeitamos a forma como por vezes somos julgados e classificados com sendo todos “farinha do mesmo saco” – reacionários sem escrúpulos prontinhos a despedir ao mínimo pretexto mesmo sem justa causa e a viver de “papo para o ar” à custa do trabalhador. Por princípio não vemos (eu não vejo) o mundo dividido como que por estatuto entre os maus e os bons, onde os primeiros somos sempre nós e os segundos os trabalhadores que inquestionavelmente têm sempre razão.
Resumindo, teria ficado muito melhor à Gazeta das Caldas (para não estar a “misturar alhos com bugalhos”), passar para a opinião pública o verdadeiramente importante que foi termos finalmente uma nova direção após várias tentativas frustradas, em vez de pura e simplesmente “carimbar” a ACCCRO com as cores de um partido político. Não tenho dúvidas que reagiria da mesma forma, perante notícia semelhante com enfoque noutro qualquer partido político.
Para terminar em “nota de rodapé” no que respeita aos funcionários, é inteiramente justo dar como exemplo os meus/nossos, que “vestem a camisola” e por isso são merecedores toda a nossa consideração, estima e respeito.
Carlos Mendonça
































