José Luiz de Almeida Silva
Realizou-se no passado sábado na Vila de Óbidos, a primeira reunião informal de todo o Conselho de Ministros, com todos os ministro e os secretários de Estado, estes que haviam tomado posse na véspera em Lisboa. Ato de marketing ou de propaganda política do novo governo, esta escolha surge provavelmente na sequência de um outro Conselho de Ministros realizado há precisamente 20 anos, quando Durão Barroso era Primeiro-ministro. Contudo, não há decisões inocentes, pois tem sempre um significado pela afirmação que permite à urbe e à região, que não tem sido muito bem reconhecida nestes últimos anos.
A decisão de vir até Óbidos, certamente que não se deverá à ironia da GC, na sua mentira do 1º de Abril, de trazer o novo primeiro ministro para colocar a primeira pedra da Academia do PSD, mas provavelmente permitiu chamar a atenção aos futuros responsáveis políticos para alguns dos problemas graves que acontecem neste território.
A incapacidade dos autarcas locais em serem recebidos pelos mais altos responsáveis da governação, mesmo pelo PR, para apresentarem as posições sobre os problemas locais, diz muito do peso político que a região tem hoje, ao contrário do que teve no passado, antes e depois do 25 de Abril. Não sabemos se algumas das questões mais recentes ocorridos neste nosso Oeste, possam ter nova atenção do Estado Central, num país onde hoje há regiões que, pelo peso político dos seus dirigentes, têm “melhor Terreiro do Paço”. Contudo vamos esperar para ver.
Igualmente esperamos que a fotografia dos 59 novos membros do Governo, na Praça de Santa Maria de Óbidos, sirva para mais que uma oportunidade do novo governo descer ao país real e sair dos redutos lisboetas. ■

































