Veio através da comunicação social local, o senhor presidente do CHON publicamente noticiar que tinha solicitado à administração regional de saúde a gestão da Mata e do Parque por parte da autarquia, tal como esta se havia disponibilizado. Disse ainda estar ciente da importância do património, mas cujos encargos podem ”colocar o risco de não se ter dinheiro para tratar dos doentes”. Por este motivo defendeu que a competência gestão deve ser transferida para a Câmara, que “manterá o nível de qualidade e poderá até melhorar”.
A Comissão Cívica de Proteção das Linhas de Água e Ambiente, fica estupefacta e altamente preocupada com esta notícia. Como é que a gestão do CHON está a ser feita por um presidente, que mistura o orçamento, que eventualmente deverá estar destinado ao Hospital Termal e manutenção do Parque, colocando em causa o tratamento dos aquistas, demonstrando desta forma, a sua incapacidade em gerir tantos tachos CHON, Hospital Termal e seu valioso património?
Possivelmente, por desconhecimento da existência do legado da Rainha D. Leonor e desrespeitando a mesma, com esta tomada de posição.
Mesmo que eventualmente no orçamento do Hospital Termal esteja incluído o orçamento da Mata e do Parque, certamente que as atribuições do mesmo, serão distintas e aqui sim, é uma questão de gestão, saber aplicar o dinheiro e saber dar prioridade ao que é prioritário…
Certamente que o senhor presidente todos os anos elabora o orçamento relativo ao Hospital Termal à Mata e ao Parque e de ano para ano, terá que ter em conta a inflação, para além de poder vir a levar alguns cortes, com a agravante da crise.
Mas a gestão é isso mesmo, é conseguir com a inflação e redução orçamental, gerir todos serviços e saber quais as prioridades a respeitar.
Na opinião da comissão, o problema não será a falta de dinheiro, mas sim, a falta de competência do senhor Carlos Sá, para fazer a gestão do mesmo.
Afinal, durante muitos anos o Hospital Termal nunca teve prejuízos, antes pelo contrário contribuía em muito para minimizar as dívidas do Hospital de saúde na altura.
É uma vergonha e a comissão deixa aqui um conselho ao senhor presidente, se não sabe fazer gestão demita-se, em nada dignifica o Hospital Termal. Deixe o património deixado pela Rainha em paz.
A Câmara Municipal não dá conta do recado com os poucos espaços verdes (canteiros) existentes na cidade e esta comissão questiona o senhor Carlos Sá, como é que vai conseguir gerir o Parque e a Mata?
Que a comissão saiba, o dinheiro da Câmara não é fêmea e as despesas que o Parque e a Mata sobrecarregam o seu orçamento, deixarão de sobrecarregar o Hospital para passar a sobrecarregar a Câmara, não se percebendo qual a diferença.
Vítor Dinis
António Peralta
(Porta voz da comissão)
































