Perceção e Realidade

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1961
José Luiz de Almeida Silva

Como referi no último editorial, por razões de interesse particular, estive no Peru nos últimos dias, objetivo cultural pessoal de há muito e que se concretizou agora, devido a circunstâncias únicas, resultantes da estada de um ceramista peruano aquando do Congresso da AIC na região.

Há muitos anos uma ida ao Peru era desaconselhada pela situação de guerrilha do Sendero Luminoso, cujo fim nos anos 90, se tornou hoje num assunto não falado. Agora é a violência urbana, com a possibilidade de roubos e de outros eventos nas ruas. Aos turistas é sempre aconselhado os maiores cuidados.

Nos dias que ali permaneci, tanto nos meios mais rurais do norte, onde existe a recuperação de um património milenar da Civilização Caral com 5 milénios, como no interior andino, onde prospera o fenómeno turístico da civilização Inka no chamado Machu Pichu, com seis séculos à roda da antiga capital Cusco, como finalmente na capital Lima, com mais de 9 milhões de habitantes, não senti qualquer momento de “medo urbano” ou de instabilidade, apesar dos muitos avisos nas redes sociais.

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É aconselhado ao turista estrangeiro não exibir sinais de desatenção ou de exibição de património inadequado à mão de qualquer delinquente oportunista, mas existe sempre a presença ostensiva e permanente, mesmo de noite, de forças policiais simpáticas e atentas, nas ruas e praças onde os turistas polulam, que inspiram confiança e desaconselham elementos instabilizadores. Mas mesmo nos restantes locais, que naturalmente percorri de transporte público, no meio dum trânsito caótico e sobrelotado, há a presença permanente de forças policiais visíveis e que falam por si, num continente (América do Sul) onde estes fenómenos são muito temidos. Escrevo isto por causa dos acontecimentos recentes de segurança conhecidos pelas redes sociais ocorridos nas Caldas há dias.

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