Pela extinção de freguesias incompetentes

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Recentemente o governo anunciou ao país que vai extinguir 1500 juntas de freguesia.
Como um cidadão contribuinte português assíduo, atento e bem informado, julgo que a intenção do governo é uma medida bem tomada, genial, sensata e generosa. Desde já faço um apelo para que de entre as 1500 serem extintas, a primeira seja a freguesia de Tornada pertencente ao concelho das Caldas da Rainha.

No passado dia 11 de Julho fiquei estupefacto quando ouvi o presidente da associação de freguesias a criticar as medidas anunciadas pelo governo, ao dar uma entrevista à RTP 1 afirmando que as freguesias não devem ser reduzidas, dado serem um pólo de desenvolvimento das populações.
Ora perante tais declarações, só me leva a concluir duas coisas: ou o senhor estava a fazer demagogia, ou não tem o integral conhecimento da geografia do nosso território nacional. Porque este senhor sabe muito bem que a maioria dos que dirigem os destinos das Juntas de Freguesia são pessoas com poucos conhecimentos de OPAN (Organização Politica Administrativa da Nação).
Daí que a maioria das populações tenha um sentimento negativo daqueles que exercem o poder autárquico.
No dia 10 de Junho o Presidente da Republica, no seu discurso aos portugueses, falando sobre os poderes autárquicos disse que as autarquias devem ajudar as suas populações nas suas necessidades mais prementes implantando as infra-estruturas mais urgentes que delas necessitem.
Tem muita razão o Presidente da Republica! Só que uma boa parte daqueles que exercem o poder autárquico não são sensíveis aos apelos de sua excelência nem tão pouco têm a hombridade de honrar as suas promessas eleitorais. Porque logo que se apoderam da poltrona, estão-se nas tintas. Mas na generalidade todos têm em comum um objectivo bem definido que são os seguintes:
Primeiro: deitar de imediato a mão à obra para resolver os problemas pessoais, que antes, não conseguiram concretizar.
Segundo: satisfazer as suas clientelas partidárias, amigos e alguns interesses instalados porque pensar em zelar pelo bem-estar das populações, é coisa que não consta no seu imaginário desses senhores, ignorando por completo o apelo auspicioso feito pelo Presidente da Republica.
Por me sentir frustrado a viver numa rua que está considerada lixo, pelo executivo de Tornada tenho o direito de apelar a quem de direito que a freguesia de Tornada seja varrida do mapa pelas seguintes razões: sou um cidadão comum português a morar no lugar do Campo, na parte sul da rua Henriques Gomes de Oliveira há 35 anos, sem que o poder autárquico resolvesse de uma vez por todas o problema dos passeios, a colocação das lombas e o escoamento águas pluviais.
Infelizmente, as únicas obras de beneficiação que foram registadas na pobre rua foi a construção de uns muros de primeira categoria em terreno privado, ignorando por completo o verdadeiro serviço publico.
Esta infeliz rua é uma artéria principal e central, com trânsito muito intenso, sujeita a alguns acidentes de viação sendo portadora de uma doença incurável onde já sofreu várias patologias, tais como um AVC, já foi atacada por uma praga chamada caruncho, e neste momento encontra-se num estado de putrefacção, cujo diagnóstico é muito reservado.
Deixo uma pergunta muito concreta aos donos da poltrona: quando é que a pobre rua vai deixar de sofrer as agruras da sua vida sem que apareça um filósofo que alivie alguma dor e que reponha alguma qualidade de vida à pobre rua? (…)

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Manuel Joaquim
Fernandes Pereira

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