Luís Gomes
empresário
O ano 2022, que seria o ano da recuperação da covid-19, que seria de esperar um retomar a normalidade. Mas isso não aconteceu de todo. Começou uma guerra na Ucrânia. A esperança de um ano de retoma e crescimento desvanece.
A crise económica que já se podia sentir a pairar no ar, depois de dois anos negros de pandemia. A guerra e a inflação fizeram adiantar a crise global.
Neste texto, importa salientar um dos aspetos que na última crise foi preponderante para o derradeiro fim de muitas empresas: a cultura de pagamentos atrasados.
Uma questão dramática, especialmente num contexto de menor liquidez e de difícil acesso ao crédito, em que o desvio do escasso capital disponível – de uma função de investimento para a função de apoio à tesouraria, limita o crescimento e asfixia as empresas, especialmente as PME e as que vivem maiores dificuldades.
Uma realidade muitas vezes esquecida ou menorizada pelo poder político e pelos empresários que pagam com atraso, mas que tem um impacto devastador na economia.
De forma a não cometermos os mesmos erros do passado, é importante mudar a cultura dos pagamentos atrasados. Pois deste modo, mesmo que exista um abrandamento da economia, acredito que se assim for feito, os efeitos não sejam tão devastadores.
As nossa sociedade, nesta crise que se avizinha, terá de ter muita atenção aos sinais. Muitos de nós já fomos contactados por financeiras a tentarem vender um cartão de crédito para poder ser utilizado nesta época festiva. Não nos podemos esquecer do passado.
Será sempre preferível que se sinta abrandamento da economia através da diminuição do consumo invés a uma crise onde exista crédito malparado por compras de hoje que não são possíveis pagar amanhã.
Espero que o próximo ano seja possível ver sentir mais paz no mundo de forma a haver uma retoma a normalidade e podermos fazer frente aos desafios que se aproximam.
Feliz Natal e um Próspero Ano 2023 é o que desejo a todos. ■
































