Os loucos anos 20 deste milénio

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Luís Gomes
empresário

Depois de uma pandemia como há muito não se via, surgiu a guerra na Ucrânia e a crise energética que todos sentimos na vida do nosso quotidiano, pelo que se torna muito urgente refletir sobre a saúde da economia nacional/mundial de forma a existir uma consciência sobre o que virá no futuro próximo.
Os analistas estão divididos sobre as perspetivas para o mercado imobiliário. Alguns temem uma crise imobiliária semelhante à que ocorreu em 2008, enquanto outros acreditam que o mundo passará por uma recessão imobiliária. Parece restar poucas dúvidas que o setor terá um papel necessário na contenção da inflação, já que o mercado da habitação e da construção estimula muito a economia com sua forte necessidade de materiais e mão-de-obra, especialmente num país como o nosso, ainda com atraso estrutural.
Ao fazer uma pequena análise da economia é possível constatar um conjunto de indicadores que dão indícios de tempos difíceis.
Estarão as pessoas preparadas para passar por uma crise de tal magnitude?
Em 1920 os Estados Unidos da América tornaram-se numa das maiores potências do mundo, tendo uma forte queda posteriormente, em 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, deixando o fim da época de prosperidade conhecida como os “loucos anos 20”.
Em 1920 a Europa sofria as consequências da I Guerra Mundial.
Agora 100 anos depois, após a pandemia de covid-19, inflação, falta de mão-de-obra, crise energética, guerra na Ucrânia, transição energética, alterações climáticas.
Passados 100 anos, a história volta a repetir-se, mas com os novos desafios, tanto a nível social como económico.
O ser humano tem sempre essa enorma capacidade de se conseguir adaptar a novos desafios. No entanto o maior desafio é ao nível dos valores, moral e consciência. Parece que ao longo dos anos o homem pouco aprendeu com os erros cometidos no passado. ■

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