Aquilo que foi uma miragem para o Oeste do novo aeroporto de Lisboa se situar na Ota, com a história do Ministro Mário Lino em 2007 do “jamais” na margem sul do Tejo, pode acabar agora com o anúncio público da Comissão Técnica Independente(CTI) que o local mais apropriado será Alcochete.
16 anos depois com as sempre habituais controvérsias, a decisão parecia estar alegadamente mais próxima face ao caráter consensual que existia, mas que foi quebrado entre os dois partidos mais votados, inesperadamente por um deles querer criar nova comissão de peritos para análise interna.
Ou seja, mais de meio século depois de Marcelo Caetano ter anunciado um novo aeroporto, já regressamos às dúvidas se será possível vê-lo entre 2032 e 2035, mesmo que já hoje a capacidade do Humberto Delgado esteja totalmente esgotada e a mostrar que é um impedimento ao aumento da afluência de estrangeiros ao nosso país.
As divergências voltaram a surgir, apesar de parecer que a CTI ter feito um trabalho técnico correto, pois é novamente contestado especialmente (e por razões óbvias) pelas localizações alternativas.
Para o Oeste a solução não é a ideal, e ainda por cima, sabendo que o acesso privilegiado por TGV passa a cerca de 50 km, mas torna-se evidente que outras localizações identificadas não seriam melhores, para além da Ota excluída por razões técnicas. Vamos ver uma vez mais como isto termina num país que é difícil decidir. E quando se decide às vezes são encontradas razões que a razão desconhece.
O CHO certamente que também mereceria uma CTI mas mesmo Independente e credível, apesar de sempre poder dar lugar a alguma controvérsia, mas menos lógica. ■
O novo aeroporto de Lisboa
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