No momento em que escrevo (13h00 de segunda-feira 12 de Setembro), acaba de ocorrer uma explosão nos depósitos de resíduos e na zona (terá sido mesmo na dita?) da central de incineração desses de uma central nuclear francesa (Marcoule, perto de Avignon).
Já houve mortos a contabilizar e o anúncio oficial é “não há fuga radioactiva, de momento”. Este “de momento” é de génio! É que houve uma explosão, houve mortos, houve o rebentamento de um dispositivo onde eram incinerados resíduos radioactivos (que deixam outro resíduo ainda mais radioactivo, em volume mais reduzido).
Na atmosfera local os elementos radioactivos (quantidade e radiação?) estão de certeza presentes. Qual a dispersão? De que lado sopram os ventos? Será seguro continuar a dançar na ponte?
Aqui perto de nós, há um tempo que parece outra vida, tivemos o risco da Rosalinda sujar o pé de gaiata, não no óleo à beira mar, mas nas águas de refrigeração de uma central dessas.
Se o vento soprasse de sudoeste…
António Eloy
































