A minha mãe mora no 5º B do nº2 da Luísa Mafra onde o Banco Santander é proprietário do 5º A do mesmo prédio. Desde outubro que o teto do hall da minha mãe está cheio de humidade e bolor devido a uma rutura proveniente ou do andar do lado (5º A), ou do de cima 6º A, onde também é visível a saída de água por debaixo da porta e pela parede do 5º A inundando e deteriorando também o chão e as paredes das partes comuns do edifício. Colocado o problema por mail ao Banco em 19/12/2017, recebi no dia 4/01/2018 uma resposta de um zeloso funcionário informando-me que não era o andar do banco o causador da situação, mas sim o 6º A que tinha um terraço que causava as infiltrações. Este funcionário faz muito bem em defender os interesses do banco, mas não tem o direito de tratar as pessoas como se fossem estúpidos, tão pouco uma idosa de 85 anos que só quer viver em paz no seu apartamento, sem o problema das infiltrações constantes que lhe consomem a saúde.
Textualmente escreve: “O problema de infiltrações que refere, tem origem na rutura das telas de impermeabilização do terraço do 6º Piso…” Este funcionário deve ter estado estes últimos meses a viver fora do país e por isso não sabe que não choveu durante meses, daí o problema não estar no terraço como ele diz. Diz coisas sem pensar porque não conhece os andares, uma vez que o andar do banco está debaixo do 6º A, cujo terraço ocupa 3 metros por cima do andar deles e não ocupa qualquer parte do andar da minha mãe. Se o problema fosse da tela, como é que corre água na porta de entrada deles e nas partes comuns que estão cerca de 15 metros da parte oposta do terraço? Fui à administração do condómino e a mesma, perante o meu pedido de dados relativos à apólice do 6º A, respondeu que não sabia se tinham. No entanto ele aluga o andar e quanto ao 5º A (do Santander) também me informou que não tinham. Viva quem tem dinheiro e poder que pode tudo fazer.
Não é a primeira vez que há ruturas e que as mesmas causam estragos no andar da minha mãe. Em junho de 2017 houve uma rutura que causou graves estragos e o seguro (feito pela administração porque o dono do 6º A não o fez) teve de suportar os custos devido ao rebentamento de um cano na cozinha. Desta vez o banco declina qualquer responsabilidade, passando o problema para o 6ª A, mas a água sai do seu apartamento não tendo a minha mãe culpa alguma e ainda leva com o prejuízo causado por outro, seja o banco, seja o dono do 6º A.
O dono do 6º A é apenas um senhor que põe dificuldades em pagar seja o que for, não recebe os registos que lhe são dirigidos, não faz o seguro obrigatório e os problemas são sempre causados pelos outros. Tem sido difícil ao longo dos anos a administração lidar com este senhor a nível monetário. (…) Ele não tem pena dos estragos que causa a uma idosa de 85 anos
A Câmara não tem capacidade jurídica para fazer seja o que for, mas tem capacidade para levar 30 euros de uma vez e 25 euros de outra à minha mãe quando ela pediu para irem ver os estragos. Deveriam ter tido a capacidade para informar uma idosa de 85 anos que o que ia gastar não ia resolver nada devido à incapacidade que a mesma tem na resolução destes casos. É o habitual.
Por fim e porque só através de apoio jurídico pago a prestações se podia conseguir alguma coisa e passados muitos anos, a minha mãe solicitou à Segurança Social esse apoio e recebeu um não. Nesse dia eu soube que era filho de uma pessoa riquíssima porque fundamentaram a decisão no facto de ser dona de um T1 de 6000 euros e ter 3000 euros no banco, e ainda bem que nem levaram em conta a sua reforma de 300 euros após 44 anos de trabalho e descontos. (…)
É triste vivermos com pessoas como estas que referenciei e que por terem o poder do dinheiro conseguem infelizmente passar incólumes. Nada lhes acontece, são sempre protegidos e não têm o mínimo de sentimentos e respeito pelos outros.
Vitor Manuel Marques da Silva
NR – Gazeta das Caldas deu conhecimento desta carta à Câmara das Caldas e ao Santander. O banco não respondeu e o município forneceu-nos a seguinte explicação:
O assunto referido nesta carta diz respeito a dois pedidos de vistoria solicitados pela Requerente à Câmara Municipal, para determinação de eventuais más condições de habitabilidade ou de segurança de um imóvel.
A Câmara Municipal realizou as solicitadas vistorias e informou a requerente dos seus resultados, tendo cobrado a taxa de 18,50 euros por cada vistoria, conforme o previsto na Tabela de Taxas deste município.

































