Não foi fácil transferir a minha filha do Colégio

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Sou mãe de uma jovem que, como menor, tem a obrigatoriedade de estudar. Até aqui tudo bem. Mas como esta vida de normal não tem nada, este ano deparei-me no meio de uma guerra entre escolas, que sinceramente nunca na minha vida pensei estar no meio dela.
Antes do ano lectivo acabar dirigi-me à Escola Secundária Raul Proença para ver o que era preciso para que a minha filha frequentasse o 10º ano nesta escola. Foi-me dito que, quando a inscrevesse, pedisse a transferência. Moro na Cidade Nova e esta escola fica sem dúvida mais perto de casa. Desde o 5º a minha filha tem frequentado o Colégio Rainha D. Leonor e nunca pensei que os nervos ficassem à flor da pele.
Tudo começa no dia 18 de Julho deste ano, quando me dirijo ao Colégio para matricular a minha filha mais um ano. Até aí nada de anormal, pensava eu. Mas quando peço a transferência de escola, as perguntas começam a ser muitas: “porquê?”, “será que não se vai arrepender?”, “tem a certeza?” E, enfim, ter que justificar o que a meu ver não tem que ser justificado.
No dia 30 de Julho a minha filha dirige-se à Escola Secundária Raul Proença para ver as turmas e, meus amigos, ia-me dando uma coisinha má: o processo da minha filha simplesmente não tinha dado entrada na escola. E se não desse entrada, entretanto corria o risco de não ter vaga.
Mas graças à boa vontade da Direcção desta escola asseguraram a vaga da minha filha. Desde já agradeço a boa vontade de todas as professoras e funcionárias que me atenderam e juntamente me ajudaram neste processo.
Bem, a minha filha deslocou-se ao Colégio para perguntar pelo processo dela e foi-lhe dito que seguiria nessa tarde para o correio.
Quando me dirigi ao Colégio, a secretaria estava fechada às 15 horas e a directora não se encontrava e teria que voltar lá no outro dia. Foi então que pedi a uma funcionária o Livro de Reclamações e – há coisas levadas da breca! – aparece uma professora que não se identificou, disse o que tinha a dizer e quando lhe perguntei o porquê do processo da minha filha ainda não ter dado entrada na Escola Secundária Raul Proença, a resposta foi: “a Raul Proença também não nos mandou nenhum processo”.
Como encarregada de educação tenho várias perguntas a fazer à Direcção do Colégio:
1 – O porquê do processo da minha filha demorar 12 dias a chegar à Raul Proença?
2 – O que têm os alunos e encarregados de educação estarem entre guerras de escolas?
3 – No dia 30 de Julho, o Colégio não tem já as turmas feitas?
(…) O Colégio tem tanta coisa boa, porque não juntarem forças com outras escolas e porem em prática o melhor para os alunos?
Nós pais já pagamos tanto para que os nossos filhos estudem e ainda temos que levar com estas guerras.

Helena Maria Cruz Santos

NR – Gazeta das Caldas deu conhecimento desta carta ao estabelecimento de ensino visado, que nos enviou a seguinte resposta:

A direção pedagógica do Colégio Rainha D. Leonor informa que desconhece a situação exposta, que relata a demora da transferência de uma estudante para a Escola Sec. Raul Proença, uma vez que o processo da educanda da Sr.ª Helena Maria Cruz Santos, cuja renovação de matrícula foi efetuada no dia 18 de julho de 2013, foi enviado por correio para a escola pretendida no dia 25 de julho, depois de nos dias 22 e 23 a direção ter recebido dos diretores de turma toda a documentação de matrículas, nomeadamente os pedidos de transferência para despacho. Com efeito, a direção pedagógica adverte que, ao contrário do que descreve a Encarregada de Educação, o processo não terá demorado doze dias, mas apenas quatro dias úteis.

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