Neste tempo e antes de mais, espero que o meu artigo encontre o leitor da Gazeta das Caldas bem.
Não era este o meu plano de escritos regulares para esta coluna que me é disponibilizada, mas hoje é inevitável o tema que domina toda a nossa atualidade, todo o nosso pensamento: a pandemia do COVID-19.
Não estava nos nossos planos quando ainda há 5 meses tomámos posse, que uma das medidas mais marcantes do nosso mandato fosse a declaração do estado de emergência, algo que há 45 anos não tínhamos necessidade de fazer.
A verdade é que fomos todos confrontados com esta nova realidade, sem aviso prévio, que de todos nós exige o máximo de empenho, para que no fim consigamos sair desta crise reduzindo ao máximo as consequências negativas que inevitavelmente trará.
Por tudo isto é muito importante cumprimos com todas as indicações que nos são remetidas pelas autoridades de saúde para nossa proteção, bem como para a proteção de todos os que nos rodeiam, particularmente os que são mais vulneráveis.
As crises são também momentos em que a humanidade tem revelado o seu melhor lado. São já conhecidos um conjunto de iniciativas de cidadãos do nosso concelho que se organizaram para ajudar aqueles que, fruto da sua condição, devem neste momento permanecer em suas casas. Não podemos perder este sentido solidário e apelava a todos que podendo o possam fazer.
As consequências desta crise não se ficarão pelo fim da pandemia e é já certo que vamos ter dificuldades económicas resultante desta paragem forçada.
O Governo anunciou vários pacotes de apoio às famílias e às empresas com o principal objetivo de preservar rendimentos e atenuar o impacto das despesas fixas perante a redução de receitas visando assim contribuir positivamente para a manutenção da liquidez da nossa economia. Se é verdade que nos temos que proteger, também é verdade que não podemos parar.
Há uma outra certeza que temos: no fim desta crise não seremos certamente os mesmos e há muita reflexão e trabalho a fazer sobre a forma como vivemos.
Uma das aprendizagens que já fizemos nesta crise é por exemplo o impacto que tem no ambiente. A nossa paragem forçada reduziu significativamente as emissões CO2. Descobrimos também que há um conjunto de tarefas que conseguimos fazer eficazmente sem nos termos que deslocar, poupando recursos e poupando o nosso planeta.
Não era este o nosso plano, mas agora é com esta nova realidade que temos que viver. Longe do convívio social, mas perto uns dos outros sem deixar ninguém para trás.
É nossa responsabilidade sairmos daqui mais fortes e mais empenhados na construção de um futuro melhor em que imperativamente todos teremos que ser melhores. Já o fizemos várias vezes ao longo da nossa história. Vamos consegui-lo de novo.
Não era este o nosso plano
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